Postado em 09 de Março de 2020 às 17h15

Micromonitor avalia doenças cardíacas de maneira minimamente invasiva

Hospital Unimed Chapecó realiza o primeiro implante de chip cardíaco na região oeste catarinense

Pacientes com registro de Acidente Vascular Cerebral (AVC), desmaios sem causas aparentes e com arritmia ganharam um aliado no diagnóstico e na prevenção de novos episódios: o micro monitor de eventos cardíacos. Na região oeste catarinense o primeiro procedimento de implante desse chip ocorreu, na última semana, no Hospital Unimed Chapecó.
O procedimento é simples e minimamente invasivo, com uma tecnologia nova que não requer fios ou cabos e visa monitorar o ritmo cardíaco do paciente durante quatro anos. “É necessária apenas a anestesia local e uma pequena incisão para introduzir o implante sob a pele em região próxima ao coração. A recuperação é rápida e não precisa de internação”, assegura o cardiologista Dr. Gustavo Zenatti.
A partir do implante do micromonitor é possível visualizar o registro do ritmo cardíaco por um aplicativo, que pode ser baixado no celular. Em caso de suspeita de novos episódios, o paciente pode compartilhar rapidamente os resultados com o médico que acompanha a evolução de seu quadro clínico. “Esse método é o mais confiável para o registro contínuo do ritmo cardíaco que assegura informações para auxiliar na correlação sistêmica e nas alterações cardíacas”, comenta o cardiologista Dr. Claudio Ferreira. O micro monitor é retirado do paciente após o diagnóstico, que na maioria das vezes, as indagações médicas são respondidas antes de quatro anos.
Conforme o cardiologista Dr. Alexander Dal Forno (Florianópolis), a tendência mundial é buscar alternativas para monitorar o ritmo cardíaco com o intuito de prevenir ou detectar precocemente patologias. “Vários equipamentos do cotidiano, a exemplo dos relógios e celulares, estão inserindo ferramentas básicas para proporcionar essas informações ao usuário. Pesquisas comprovam que arritmia cardíaca de fibrilação atrial pode causar derrames cerebrais”, alerta.
A fibrilação atrial é considera o tipo mais comum de arritmia cardíaca. A enfermidade, segundo o cardiologista Dr. Jackson Simomura, é caracterizada por irregularidades na transmissão de impulsos elétricos que coordenam as batidas do peito, resultando na aceleração repentina do coração. Esse cenário provoca a formação de coágulos que podem estimular um infarto ou um AVC.  
Esse primeiro procedimento no Hospital Unimed Chapecó foi realizado pelos médicos Alexander Dal Forno (cardiologista com especialização em eletrofisiologia clínica invasiva), Claudio Ferreira (cardiologista com especialização em arritimologia cardíacas), Gustavo Zenatti (cardiologista com especialização em arritmologia clínica) e Jackson Simomura (cardiologista com especialização em arritmologia clínica).
 

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