Postado em 07 de Abril de 2021 às 19h27

Médico veterinário discute multirresistência bacteriana no 21º SBSA

  • MB Comunicação Empresarial e Organizacional -
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O médico veterinário Mateus Matiuzzi da Costa abriu o Bloco Sanidade do 21° Simpósio Brasil Sul de Avicultura (SBSA), nesta quarta-feira (7), com o tema “Multirresistência bacteriana ligada a E. coli e os impactos na cadeia de produção de aves”. O evento, promovido pelo Núcleo Oeste de Médicos Veterinários e Zootecnistas (Nucleovet), segue até esta quinta-feira (8), debatendo importantes pautas da cadeia avícola.
A resistência bacteriana é uma preocupação que tem sido debatida mundialmente por especialistas e entidades internacionais, como a Organização Mundial da Saúde (OMS) e a Organização Mundial de Saúde Animal (OIE). Especialistas da cadeia produtiva têm estudado e analisado estratégias em busca do controle e equilíbrio das bactérias em sistemas vivos. 
O uso indiscriminado de antibióticos traz projeções preocupantes. Para 2050, a OMS prevê que a resistência bacteriana poderá ser a principal causa de óbitos no mundo. Por isso, a preocupação com a segurança alimentar só tem aumentado. 
Com atuação na medicina veterinária preventiva, Matiuzzi afirmou que é preciso buscar alternativas para controlar esses medicamentos e encontrar meios de garantir que seu uso seja feito de forma consciente e correta. “Não usar antimicrobianos em animais enfermos, na cadeia produtiva, pode ser considerado maus tratos. O uso terapêutico é importante, é justificável, o problema é quando os antimicrobianos são usados para compensar falhas de manejo. Os antibióticos não devem ser usados de forma equivocada. O sobreuso é que deve ser evitado”.
Matiuzzi abordou a resistência antimicrobiana em animais, em humanos e trouxe exemplos de mutações de bactérias como a E. coli, que desenvolveram índices de resistência, inclusive com cepas de origem aviária. 
Entre possíveis estratégias para o controle da multirresistência, o médico veterinário cita a conscientização. “É a medida mais barata, agir na conscientização e na educação para o uso bem planejado dos antimicrobianos. É fundamental continuarmos estudando esse tema”. Para complementar, citou a importância da ciência multidisciplinar atuar na busca de soluções para o controle de infecções e da multirresistência.
Como alternativas, citou ainda estratégias como o uso de prebióticos e probióticoscombinados com outros compostos.“Temos que aprofundar os estudos, mas o que se comprova em muitas pesquisas é que estratégias baseadas em probióticos, peptídeos, que são alternativas mais naturais, combinadas com drogas, podem ser eficazes se for feita essa associação, para criar um dano na bactéria. Mas são associações que têm que ser pensadas e bem construídas". 
O EVENTO
Em paralelo ao21º Simpósio Brasil Sul Avicultura, ocorre a 12ª Brasil Sul Poultry Fair, feira virtual que reunirá mais de 70 empresas nacionais e multinacionais. O espaço reúne empresas geradoras de tecnologias que estão apresentando suas novidades e seus produtos, permitindo a construção de networking e o aprimoramento técnico dos congressistas.
O 21º Simpósio Brasil Sul Avicultura tem apoio do Conselho Regional de Medicina Veterinária de SC (CRMV/SC), da Sociedade Catarinense de Medicina Veterinária (Somevesc), da Prefeitura de Chapecó, da Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA), da Embrapa Suínos e Aves e da Unochapecó. Mais informações sobre o 21º Simpósio Brasil Sul de Avicultura no site: www.nucleovet.com.br/simposio/avicultura.

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