Postado em 23 de Dezembro de 2021 às 16h50

Luiz Carlos Giongo avalia gestão à frente do Nucleovet

  • MB Comunicação Empresarial e Organizacional -
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Os dois últimos anos foram de desafios para todos e não foi diferente para o Núcleo Oeste de Médicos Veterinários e Zootecnistas (Nucleovet), que com a pandemia precisou se reinventar para dar continuidade às suas ações. Entre as inovações, esteve a realização do Simpósio Brasil Sul de Avicultura (SBSA), do Simpósio Brasil Sul de Suinocultura (SBSS) e do Simpósio Brasil Sul de Bovinocultura de Leite (SBSBL) no formato on-line, o que possibilitou a ampliação da participação dos profissionais.
Também foram finalizadas as obras na sede do Nucleovet, entre elas a construção do novo campo de futebol, novo salão de festas, melhorias no sistema elétrico e hidráulico e na segurança, com instalação de alarme, monitoramento, muros, cercas e adaptações para atender as normas de acessibilidade. O aniversário do cinquentenário do Nucleovet, comemorado no dia 9 de outubro deste ano, foi outro marco desse período. Nesta entrevista, o presidente da gestão 2020/2021, Luiz Carlos Giongo, faz uma avaliação do mandato.
 
De modo geral, qual a avaliação que o senhor faz do seu mandato frente à diretoria do Nucleovet?
Sinto-me muito feliz por ter feito parte desse mandato, especialmente na função de presidente. O sucesso dessa gestão foi prioritariamente pela ajuda dos diretores. Somos 20 membros na diretoria e todos contribuíram decisivamente para a condução dos trabalhos, para que pudéssemos superar os desafios, que não foram poucos.
 
Quais foram os fatos que mais lhe marcaram nesta trajetória?
Com certeza o maior desafio foi a pandemia. Tivemos isolamento social, parada de muitos segmentos, desafios para o agro e o cancelamento dos Simpósios em 2020. A impossibilidade de realizar qualquer evento presencialmente, mesmo as reuniões de diretoria, exigiu, de todos, muita superação, articulação, capacidade de gerar vínculos e de provocar interação. Com o empenho de todos mantivemos o relacionamento e realizamos os projetos de uma maneira diferente do que foi planejado inicialmente, conseguindo excelentes resultados.
 
Em sua opinião, quais foram os maiores desafios da entidade nesse período?
Quando fomos eleitos, no fim de 2019, tínhamos estruturado um planejamento estratégico com dez frentes de trabalho. Porém, em março de 2020 iniciou a pandemia e precisamos adaptar. Fico grato porque, olhando hoje as entregas dessa gestão, podemos ver que tivemos ações em todos os itens e em algumas atividades aconteceram verdadeiras revoluções. Cito aqui o que pensamos no início do planejamento: inovar com ações de interesse da sociedade em geral; difundir conhecimento para mercado e associados; evoluir e inovar nos três Simpósios; buscar novos sócios e aproximar; organizar legalmente estruturas da sede social; aproximar-se de entidades e representação de classe; fazer obras e estruturas na sede; atuar na promoção esportiva e recreativa; provocar alguma ação ou projeto no segmento pet; e programar o cinquentenário da entidade, comemorado no dia 9 de outubro de 2021.
 
E quais foram as principais conquistas?
A reinvenção dos Simpósios Brasil Sul de Avicultura (SBSA), Brasil Sul de Suinocultura (SBSS) e Brasil Sul de Bovinocultura de Leite (SBSBL) para o formato virtual foi uma importante conquista. Com a pandemia, eles foram cancelados em 2020, mas fizemos lives ao longo do ano, que nos preparou em relação ao virtual. No segundo semestre de 2020 lançamos o Pig Meeting (encontro virtual da cadeia de suínos) que nos deu mais consistência para pensar na estrutura necessária para os Simpósios virtuais, que foram realizados em 2021. O SBSA foi um sucesso, com mais de 2,6 mil participantes de mais de 40 países e a feira virtual que funcionou bem; no SBSS tivemos mais de 1,8 mil participantes, com acessos em mais de 30 países; e o
SBSBL teve mais de 800 participantes e acesso em mais de 20 países. Os eventos on-line foram uma virada de página, um novo cenário que possibilitou a participação de pessoas de outros países.
 
Como foi o cinquentenário do Nucleovet?
Essa foi outra conquista importante, com realização de um evento no dia 9 de outubro deste ano com homenagem aos ex-presidentes, lançamento do e-scrapbook (um recorte de memórias intermídia), inauguração do salão de festas e do novo campo de futebol. O Nucleovet também recebeu uma moção de parabenização da Câmara de Vereadores de Chapecó pelos seus 50 anos. Devido a isso, participei de uma sessão do Legislativo para apresentar o trabalho da entidade, a importância dos médicos veterinários e zootecnistas para a cadeia produtiva de alimentos, para a saúde única, para a defesa sanitária e tantas outras ações que contribuem para Santa Catarina ter um excelente status sanitário. No dia 5 de dezembro deste ano, com a pandemia mais controlada, fizemos a assembleia com eleição da nova diretoria, jogo de futebol inaugural do campo, homenagem aos pioneiros do futebol e confraternização das famílias associadas. Foi um momento especial e todo organizado pelos associados, como uma festa de família, pois assim é o Nucleovet: uma grande família de profissionais que unem seu esforço em prol da coletividade, da defesa de classe e do agronegócio.
 
O Nucleovet também fez um amplo trabalho de representação da classe de médicos veterinários e zootecnistas.
Esse também um marco na gestão 2020/2021. Defendemos o agro para dizer que a produção de alimentos é essencial e que não podia parar com a pandemia. Encaminhamos diversos documentos para entidades municipais, estaduais e federais. Também nos posicionamos na discussão de estrutura profissional em relação a zootecnistas e médicos veterinários, as atribuições das profissões, com sugestões para o Conselho Federal de Medicina Veterinária (CFMV) e para o Conselho Regional de Medicina Veterinária (CRMV).
 
Neses 50 anos, qual foi a contribuição da entidade para o desenvolvimento dos profissionais e do município?
O Nucleovet contribui de diferentes formas. Por meio dos Simpósios que trazem uma grade gama de informações, com temas escolhidos pela necessidade do mercado e outros que provoquem desafios para os profissionais envolvidos com toda a cadeia produtiva de aves, suínos e bovinos de leite. Outra frente de atuação são as parcerias com universidades para oferta de cursos de extensão e pós-graduações. Outra ação é o trabalho social. Tradicionalmente, doamos parte do valor das inscrições dos Simpósios para entidades. Entre 2020 e 2021, destinamos importante quantia em dinheiro para o combate da covid-19 (principalmente no Hospital Regional do Oeste – HRO) e coordenamos uma campanha de proteínas animais que arrecadou, comprou e fez doação de mais de uma tonelada de carne para diversas entidades.
 
Como o senhor definiria hoje os desafios dos médicos veterinários e zootecnistas?
Os desafios profissionais são muitos, o cenário atual é instável e de muitas incertezas. Nunca foi tão difícil fazer uma série histórica para avaliar o passado, situar o presente e projetar o futuro. O profissional precisa estar muito atualizado, ter visão global de mercado e da cadeia produtiva onde está inserido. Precisa ser uma pessoa articulada, com equilíbrio nas ações, ter rede de contatos e saber trabalhar em equipe. Grandes projetos são feitos com a ajuda de muitas pessoas.
 
Quais os conselhos que daria ao seu sucessor?
Primeiramente, agradeço a toda a diretoria da gestão 2020/2021, pois foi fundamental para todas as ações. Também agradeço aos sócios que sempre contribuem com a entidade. Espero que nesse próximo biênio participem ainda mais para que o Nucleovet continue prosperando e seja uma entidade ainda mais forte e representativa. A diretoria tem sua responsabilidade e é a mola propulsora, que organiza para que as coisas aconteçam, mas precisa que cada um faça sua parte para termos grandes projetos, conquistas e evoluções. A nova diretoria tem grande potencial e fará um excelente trabalho, com a coordenação do novo presidente, Lucas Piroca. O conselho que dou é trabalhar com humildade, simplicidade, ser receptivo e atuar em equipe. A história do Nucleovet mostrou isso e esse é o legado que deixa nos seus 50 anos: grandes times fazem grandes feitos e revoluções. Como dizia Albert Einstein, as crises são oportunidades para que possamos expressar nosso melhor: “É na crise que nascem os inventos, os descobrimentos e as grandes estratégias... Sem crises não há desafios, sem desafios a vida é uma rotina, uma lenta agonia. Sem crises não há méritos. É na crise que aflora o melhor de cada um”. 

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