Postado em 12 de Novembro de 2019 às 16h56

Jovens Empreendedores Primeiros Passos: Estudantes organizam feira de empreendedorismo em Chapecó

Pelo sexto ano consecutivo, o programa Jovens Empreendedores Primeiros Passos (JEPP) é realizado pelo Sebrae/SC e tem como objetivo disseminar a cultura empreendedora, entre as crianças e adolescentes, de maneira à estimular os comportamentos empreendedores, tornando-se protagonistas de suas próprias vidas.  “Não se trata de um projeto de vendas apenas, ele é executado com viés pedagógico, de ‘Educação Empreendedora’. Desejamos que as crianças, tenham um olhar intraempreendedor e apliquem os conhecimentos em suas vidas pessoais e profissionais. Que tenham autonomia, saibam tomar decisões e desenvolvam habilidades positivas e pró-ativas ao longo da vida. Que tenham sonhos e possam realizá-los com esforço e dedicação", afirmou a consultora do Sebrae/ SC e responsável do programa, Odilene Ozelame.
A feira foi aberta aos pais e a comunidade, que puderam prestigiar oficinas sob temáticas diversificadas, conforme a idade. Os estudantes do primeiro ao quinto ano do SESC Chapecó provaram que o espírito empreendedor não tem idade. O primeiro ano trabalhou os aromas e, respectivamente, os temperos, os brinquedos, a locadora e a gastronomia. As crianças levaram o projeto a sério, com abordagem rápida, explicação eficiente sobre produtos e a composição, simbologia, realizaram vendas e entregas, com administração financeira. Odilene explicou que, enquanto metodologia do projeto, professores e alunos, recebem orientação sobre como trabalhar o financeiro de cada oficina, respeitando princípios empreendedores, composto por três etapas: (ressarcimento matéria-prima; momento prazeroso com os colegas e investimento à longo prazo ou causa social), todas as decisões são coletivas, desde o planejamento inicial até o término do projeto. Cada turma tem suas próprias decisões.
A cada feira JEPP, percebe-se uma evolução por parte dos alunos que aprimoram sua comunicação, seu comportamento, sua postura, suas atitudes, seus valores e, principalmente, a interação com o público presente, através da propaganda, fortalecendo assim o desenvolvimento da autonomia, da autoconfiança, da autoestima, da resiliência e a troca de gentilezas.  No dia da feira, os professores criaram equipes para atender as oficinas, assim ao se revezar nas funções, também puderam conferiram o trabalho realizado pelas demais turmas.
O programa evidencia o estudo, os valores éticos, o debate e a aplicação de metodologia e prática do empreendedorismo nas salas de aula. Os estudantes ressaltaram a importância de que as atividades ocorram no ambiente escolar para facilitar o processo de adaptação, familiarização e execução das oficinas. “Desde o nome e a forma que a loja seria montada, nós escolhemos em consenso. Produzimos brinquedos, pesquisamos sobre os produtos e definimos os preços. Todos colaboraram, cada aluno escolheu o setor que se identificava”, explicou a estudante do terceiro ano Yasmin Amaral.
            Os pais ajudaram no levantamento de custos e organizaram grupos no WhatsApp para orientar os filhos. A mãe da Yasmin, Franciele Pacheco, destacou que as crianças estiveram muito envolvidas com a atividade. Os estudantes produziram brinquedos com material reciclável. Por fim, optaram por um leilão para comercializar os produtos. “Teve um valor sentimental tão forte, que eles vendiam os brinquedos, mas não entregavam aos clientes. Ficaram apegados a própria produção. Se tivéssemos orientado eles a utilizar os brinquedos antigos para revender, o resultado não seria o mesmo. A atividade é bem importante na vivência do dia-a-dia. Eles passam a valorizar as economias pessoais deles, percebem de forma diferente o mercado de trabalho, a importância do planejamento financeiro e inspiração para correr atrás dos sonhos”, afirmou.
Os alunos que não participaram do JEPP também tiveram oportunidade para dar continuidade aos trabalhos desenvolvidos no tempo que utilizaram do programa. O SESC oportunizou conversas e atividades para promover mudanças culturais relacionadas ao empreendedorismo e as soluções acessíveis diante dos problemas do comércio. “Nós não fazemos mais parte dos alunos que recebem capacitação, já passamos dessa fase. Porém, criamos o brechó com o mesmo propósito. Arrecadamos roupas, pesquisamos preços e estipulamos descontos considerando que as peças são usadas. Uma maneira de continuarmos empreendendo, reaproveitar produtos em bom estado e aprender a tomar decisões coletivas”, conclui o estudante do sexto ano, Vinicius Balbinot Corá

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