Postado em 01 de Abril de 2020 às 16h46

Interesses individuais X interesses coletivos


Gosto muito de ler. De preferência, bons autores. Estou aproveitando esse período de isolamento para reler Augusto Cury e me lembrei de uma das primeiras reuniões da diretoria da Acic, quando estava começando a crise e percebia-se angústia em cada um dos diretores presentes sobre como iríamos enfrentá-la. Ficaram muito evidentes os interesses individuais e os interesses coletivos. O mundo é movido por interesses e paixões. Essa crise nos faz refletir.
O ministro da Saúde disse que o problema foi trazido ao país pelas elites, aquelas que viajam. O problema chega e começa a fazer parte da dinâmica social. As inquietações e incertezas estão aí, nos questionando todos os dias, em todas as nossas atitudes. Porque pensamos de forma cartesiana, como se as coisas sempre evoluíssem, sem variáveis externas para alterar nosso roteiro, e nosso pensamento se estrutura dessa forma. E assim, formamos nossos raciocínios. Podemos afirmar que um raciocínio (unifocal) considera as nossas próprias necessidades e o segundo raciocínio (multifocal) considera também as necessidades dos outros (Cury, Augusto, 2018).
Fomos pegos de surpresa e precisamos reavaliar nossas iniciativas. Não podemos considerar apenas aquilo que é de nosso interesse, mas, também, aquilo que é importante para o todo. Vivemos em sociedade. Temos responsabilidades comuns. Precisamos nos colocar no lugar dos outros, eles também têm direitos. A liberdade requer certos limites e a luta é para preservar a vida. Temos que pensar antes de reagir para não recair em atitudes inconsequentes e que podem resultar em ineficiência econômica. A crise nos proporciona igual número de oportunidades.
Como o momento é de precaução, observe as pessoas, crie novas ideias para sua empresa, observe a simplicidade da vida e das pequenas coisas. Isso o ajudará a gerenciar sua ansiedade. Afinal, tudo passa. Temos que pensar como humanidade. Nos piores momentos da humanidade aparecem seres diferenciados que nos iluminam e seu exemplo nos fortalece. Vejam a angústia e a serenidade do ministro da Saúde. Belo exemplo para todos nós. Vamos passar por essa crise e depois viver ótimos momentos.
Por enquanto, reavaliar nossos valores e prioridades. O que de fato importa em nossas vidas? Algumas alternativas de ordem econômica aliviarão nossas necessidades e todos sabemos da importância da manutenção dos empregos. São eles que levam para dentro de casa a renda para o consumo e a melhoria da qualidade de vida. Como seres ativos da comunidade temos que pensar no todo. Que Deus nos inspire em nossas decisões e preserve minha qualidade como ser humano.

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