Postado em 26 de Dezembro de 2024 às 11h28

FORÇA PARA CRESCER Marketing, vendas e finanças: o sistema cardiorrespiratório corporativo

Assim como o sistema cardiorrespiratório é indispensável à vida, o bom funcionamento de uma empresa depende de estruturas e procedimentos que sustentem e impulsionem seus propósitos, serviços e produtos. Do ponto de vista corporativo, o coração e os pulmões dos negócios estão associados, respectivamente, às áreas comercial e financeira. Com o objetivo de fortalecer esses pilares dos pequenos empreendimentos, a Credioeste — agência de microcrédito — promoveu, nos meses de novembro e dezembro, o programa “Força para Crescer”.
O treinamento foi dividido em quatro encontros, com foco em marketing, vendas e finanças, planejados, de acordo com a gerente executiva da Credioeste e responsável pelo programa Márcia Biffi. A iniciativa ocorreu a partir de uma pesquisa realizada pela agência, que identificou essas como as áreas de maior dificuldade para os empreendedores. Saciada pelo conhecimento, a empreendedora Juliana Rodrigues, que gerencia a Polen Tecidos, destacou que experiências como as proporcionadas pelo “Força para Crescer” ajudam a alavancar seu negócio.
“Especialmente quando o assunto é marketing, busco me informar para instruir o profissional responsável pela divulgação nas redes sociais. Sempre alinhamos as estratégias juntos, conforme as metas mensais que pretendemos alcançar. Se eu não investisse nessa área, a loja não teria os mesmos resultados. Atendemos, em média, 100 clientes por mês no espaço físico, sem contar as vendas online. Mas isso só foi possível porque, como empreendedora, reconheço a importância de ter noções básicas de marketing digital para compartilhar as demandas com o especialista”, afirmou Juliana.
MARKETING E VENDAS
As palestras “A importância do marketing para pequenos negócios” e “Os 3 pilares para uma performance em vendas” foram mediadas pelo empresário e consultor Vagner Elsner. O palestrante enfatizou que os encontros ofereceram um panorama estratégico para os empreendedores e permitiram que eles, na ausência de profissionais especializados, administrem seus negócios de forma autônoma ou que acompanhem e contribuam de maneira mais assertiva ao contratar serviços terceirizados.
“No marketing, normalmente as empresas se lançam na internet sem ter planejamento. Esse preparo é necessário, inclusive para compreender que o marketing não é somente uma vitrine digital. É importante conhecer os quatro P’s: produto, praça, preço e promoção. Além disso, o empreendedor deve saber responder questões fundamentais sobre o próprio negócio. Ter esse olhar analítico e fazer um diagnóstico preciso é indispensável. Quando sabemos o que precisa ser feito, como orientar a equipe, quem é o público-alvo, os produtos que oferecemos e como nos posicionarmos estrategicamente, possibilitamos o crescimento da empresa”, explicou Elsner.
Para o palestrante, o marketing atrai os clientes, mas não é suficiente. O que sustenta essa vitrine são os estágios da venda. O sucesso dessa etapa inicia ainda na motivação e no entusiasmo do vendedor para se conectar com seus clientes, entender quais são suas prioridades e ter empatia para absorver as informações de maneira humanizada e assertiva.
“Muitos vendedores acham que vender é sair oferecendo, mas é necessário organizar as ideias e ter planejamento. Além de conhecer o próprio perfil, o vendedor precisa dialogar com precisão para converter em venda. Alguns profissionais são bons em conexões. No entanto, não conseguem fazer o fechamento. Outros fecham a venda e não são bons em conexões. Esses fatores são interdependentes, é como se fosse um casamento”, frisou o consultor.
FINANÇAS
 “Os pilares da gestão financeira para pequenas empresas” foi o tema explanado pela mentora financeira Luana Carraro. A especialista indicou que a organização financeira pode ser comparada a estrutura de uma casa. A base é a separação entre Pessoa Física e Pessoa Jurídica. “Muitas vezes, pelo fato de não ter muitas obrigações contábeis, o Microempreendedor Individual não se vê como empresa. É isso que define se o negócio terá sucesso ou não. O MEI, normalmente, não tem a cultura de separar o dinheiro destinado à Pessoa Jurídica e o utiliza como Pessoa Física. Esses pequenos desafios são importantes de superar. É necessário criar essa maturidade para crescer. Sem essa disciplina, o empreendimento sempre será mediano.”
Já as quatro paredes e o teto da casa representam o controle financeiro, as finanças estratégicas, o demonstrativo financeiro, a precificação e a segurança financeira. “Se todo empreendedor seguir corretamente os seis pilares, terá uma boa organização, noções gerais das finanças diárias e também visão a longo prazo. Quando olhamos para o pilar da precificação, por exemplo, analisamos se o preço que o empreendedor coloca no produto ou no serviço é baseado em um cálculo ou criado aleatoriamente. Com precisão, é muito mais fácil elaborar estratégias e conectar com as vendas e o marketing, pois, ao visualizar todo diagnóstico e planejamento, sei quais investimentos posso ou não fazer”, concluiu Luana, ao salientar que a ligação entre os temas foi apontada no quarto encontro: “Conectando a área comercial com finanças”.

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