Postado em 13 de Agosto de 2021 às 14h22

Finanças: o que tem controle pode ser melhorado

  • MB Comunicação Empresarial e Organizacional -
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Misturar conta pessoal com contas da empresa; não dar atenção ao fluxo de caixa do negócio; não fazer controle sobre impostos; não contar com uma reserva de dinheiro em caixa e não conhecer a importância de ter um controle financeiro. Esses são os erros de controle financeiro mais comuns que impactam diretamente na saúde financeira da empresa explicou o consultor e educador financeiro Mateus Bernardino, nesta semana, durante palestra on-line e gratuita “Finanças na prática: do controle ao resultado”. A iniciativa foi do Sebrae/SC e integrou mais de 80 participantes de microempresas e empresas de pequeno porte.
Conforme dados da Junta Comercial de Santa Catarina (JUCESC), no primeiro semestre de 2021 foram constituídas 107.268 novas empresas em Santa Catarina, com 32.434 baixas, o que representa um saldo de 74.834 negócios. “Esse indicador é positivo, principalmente no comparativo de anos anteriores. Em relação a 2020 o incremento foi de 47,63% e na comparação com o mesmo período de 2019 o crescimento é de 64,64%”, argumentou.
De acordo com o educador financeiro, contribuem para esse cenário de elevado número de novas empresas o alto índice de desemprego (acima de 14%) que motiva o empreendedorismo por necessidade e a queda da renda familiar que reflete na redução do consumo e impacta diretamente nas empresas locais. “O índice de microempreendedores individuais (MEIs) tem crescido de maneira exponencial, ou seja, de cada 100 novos negócios, 56 são MEIs. Esse alto indicador estimula o empreendedorismo no País, com pessoas atuando de maneira formalizada nos mais diversos setores e assim estarão expandindo novos mercados, obtendo benefícios sociais e aumentando o desenvolvimento do seu negócio”, explicou.
Para Bernardino, o melhor controle é aquele que é alimentado, ou seja, têm muitas planilhas e softwares completos que subsidiarão as análises e a tomada de decisão. “Realmente, não importa o quanto a empresa recebe e o quanto tem de despesa se não tiver controle para poder projetar os próximos meses”, destacou.
O principal problema de fluxo de caixa, segundo Bernardino, são as vendas flutuantes e custos muito altos. Os fatores internos que influenciam são: aumento do prazo de vendas (ampliar a competitividade ou a participação de mercado); compras inadequadas com as projeções de vendas; estoques altos e de baixo giro; diferenças representativas entre os prazos médios de recebimento e de pagamento; política salarial e despesas operacionais superiores às receitas; distribuição de lucros acima da capacidade de geração de caixa; pró-labore incompatível; imobilização do capital de giro; falta de política de concessão de crédito, inadimplência, prejuízos e desperdícios. Os fatores externos que influenciam no fluxo de caixa são alteração do volume de vendas em razão de mudança de mercado; novos concorrentes; mudança na alíquota de impostos; recessão da economia e aumento da taxa de juros.
A analista de negócios do Sebrae/SC, Marieli Aline Musskopf, reforçou que a iniciativa teve como objetivo orientar os empresários sobre a área financeira do negócio. “Os empreendedores que precisarem de mais direcionamentos podem buscar atendimento ou consultorias com a Unidade do Sebrae/SC em Chapecó pelo telefone 3330-2800”, explicou.
 
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