Postado em 27 de Dezembro de 2022 às 17h13

Everton Bortolotto avalia gestão do Sindicont Chapecó

Everton Bortolotto, presidente do Sindicont Chapecó, avalia gestão 2021/2022.

Dois anos que foram atípicos, com a pandemia de covid-19, muitas mudanças e necessidade de adaptação. Nesse cenário os integrantes da diretoria do Sindicato dos Contabilistas de Chapecó (Sindicont) deram andamento às atividades, contribuindo para o desenvolvimento da classe contábil da região Oeste. Nesta entrevista, o presidente da entidade, Everton Bortolotto, avalia a gestão 2021/2022 e fala sobre responsabilidades do profissional contabilista diante das exigências do mercado e da necessidade de acompanhar a evolução e as tecnologias.
 
O senhor encerra o mandato como presidente do Sindicont Chapecó. Qual sua avaliação desse período?
Inicialmente destaco que fazer parte desta entidade como presidente foi um grande desafio, mas também muito gratificante e de um aprendizado enorme. Com muita responsabilidade, buscamos representar os profissionais da contabilidade da melhor forma possível. Tivemos um primeiro ano de mandato ainda afetado pela pandemia, com restrições quanto aos encontros presenciais, fazendo com que mantivéssemos os cursos, reuniões e demais encontros apenas em formato on-line. Apesar disso, conseguimos manter regularmente as atividades do Sindicont, principalmente no que tange o Projeto de Educação Continuada, como também a representatividade da entidade nas demandas junto aos órgãos governamentais. Destacamos também a participação em ações sociais, extremamente importantes durante os momentos mais críticos da pandemia, como também em datas importantes como Páscoa, Dia das Crianças, Outubro Rosa e Novembro Azul, dentre outras.
 
Quais foram as principais conquistas do Sindicont?
Através da parceria com a Federação dos Contabilistas do Estado de Santa Catarina (Fecontesc), com uma nova plataforma mantivemos a oferta e realização de diversos cursos de educação continuada, proporcionando aos alunos a possibilidade de assistirem os cursos on-line ao vivo ou posteriormente as videoaulas gravadas. Viabilizamos novos convênios com descontos vantajosos para os nossos associados, principalmente os voltados para a área da saúde, como planos de saúde. Promovemos a 5ª edição do Erccont, considerado o maior evento de contabilidade do Oeste catarinense, com a participação de mais de 400 pessoas, entre estudantes e profissionais da área. Realizamos a contratação do projeto para construção da nova sede social. Conseguimos ampliar o atendimento e as vendas da certificação digital, o que viabiliza a manutenção das atividades da entidade e proporcionará novos investimentos.
 
Como o senhor avalia a participação dos associados nas ações do Sindicont?
A entidade não existiria não fossem nossos associados. Mais importante do que o pagamento da mensalidade é a participação destes nos eventos do Sindicont, como os cursos, ações sociais, reuniões com os entes públicos e também os encontros de confraternização. Avalio que se tivermos sempre um bom engajamento dos associados, as chances de alcançarmos nossos objetivos e anseios serão grandes.
 
De que maneira pode-se envolver mais os profissionais e empresários em todos os municípios de abrangência do Sindicato?
A área de abrangência do Sindicont engloba 30 municípios da região Oeste, o que aumenta o desafio em atender a demanda de todos estes associados. Avalio que a possibilidade da realização de eventos on-line facilita um pouco esta ligação, mas a retomada de eventos presenciais como cursos e a realização do Erccont aproximam ainda mais os profissionais da entidade. Outra forma de manter os associados informados sobre as ações do Sindicont é a veiculação bimestral do Infocont, um informativo jornalístico que relata as principais ações do sindicato. Além disso, proporciona aos acadêmicos dos cursos de Ciências Contábeis a oportunidade de publicações de artigos em uma revista especializada.
 
Quais são os benefícios de participar e se associar ao Sindicont?
Sem dúvida a principal vantagem de ser associado é a possibilidade de participação em cursos de aperfeiçoamento profissional direcionados para área contábil, com valores diferenciados e com instrutores referência na área. Também destaco a representatividade que o Sindicont traz, por ser filiado à Fecontesc, onde as demandas e necessidades dos profissionais são buscadas junto aos órgãos públicos e o conselho que representa a classe contábil. O Sindicont oferece também muitos convênios, na área da saúde, plano de saúde, academias, instituições de ensino, clínicas médicas, odontológicas, entre outros. Oferecemos também o serviço de certificação digital, no qual o contador associado é parceiro na indicação de clientes, o que facilita também as atividades do profissional.
 
O Sindicato promove regularmente atividades voltadas à realização de eventos beneficentes. As entidades devem priorizar a responsabilidade social?
Historicamente o Sindicont é uma entidade com um engajamento social muito grande, realizando várias ações sociais que beneficiam muitas pessoas, principalmente nos cuidados com a saúde e o atendimento a crianças e idosos. Destaco a realização de campanhas em datas marcantes como Páscoa, Dia das Crianças, Natal, Outubro Rosa e Novembro Azul. O Sindicont realiza também, em parceria com o CRC/SC, os Projetos Infância Saudável e Ação com Idosos.
 
Um dos focos da entidade é a qualificação dos profissionais e uma das ações nesse sentido são os cursos do Projeto Educação Continuada, além dos eventos promovidos pelo Núcleo de Estudos Contábeis Chapecó (NECC). Qual a sua avaliação desses dois anos?
Em relação ao Projeto de Educação Continuada (PEC), tivemos um primeiro ano de mandato ainda afetado pela pandemia da covid-19, o que impossibilitou a retomada dos cursos presenciais. Apesar disso, através da parceria com a Fecontesc, a plataforma de cursos on-line foi aprimorada, possibilitando aos participantes a visualização dos cursos gravados. Com a retomada dos cursos presenciais a partir do segundo ano de mandato e permanecendo com a oferta dos cursos EAD, foi ampliado o leque de possibilidades aos associados. Outro ponto a ser destacado e que fortalecerá o Projeto de Educação Continuada (PEC) nos próximos anos é a assinatura do acordo de cooperação técnica entre e Conselho Regional de Contabilidade de Santa Catarina (CRC/SC) e a Fecontesc, que irá propiciar aos profissionais da contabilidade, legalmente habilitados, o aprimoramento da capacitação, atualização e desenvolvimento de suas competências. Quanto ao NECC, foram realizados encontros com órgãos públicos e outras entidades com intuito de esclarecer dúvidas e dificuldades dos profissionais.
 
Por que é tão necessário buscar qualificação e profissionalização nos dias atuais?
As alterações nas legislações tributárias, trabalhistas, previdenciárias e societárias são constantes, exigindo que os profissionais se mantenham atualizados. Além disso, os profissionais precisam estar inseridos nas inovações tecnológicas que o mercado oferece, seja para atender as demandas de informação que os órgãos públicos exigem ou para facilitar o dia a dia do profissional.
 
Com o avanço da tecnologia, o que mudou no cenário da contabilidade?
As ferramentas tecnológicas possibilitam que as atividades demoradas sejam realizadas de forma mais ágil, elevando a produtividade dos profissionais de contabilidade.O profissional que não estiver adaptando e utilizando as ferramentas tecnológicas mais atuais, permanecerá preso às atividades burocráticas e processos manuais que demandam um tempo que poderia ser dispendido em uma contabilidade mais consultiva.
 
Tivemos um período atípico, com a pandemia. Para a classe contábil, quais foram os principais desafios? O que se pode esperar de 2023?
Com o cenário de pandemia da covid-19 agravado no início de 2021, os profissionais tiveram que retomar o trabalho home office. Isso também acelerou uma série de práticas profissionais que ainda estavam sendo processadas pelo setor, como a digitalização de procedimentos e operações que muitas empresas tiveram que fazer de forma ágil para poder atender as demandas. Os profissionais de contabilidade também tiveram que auxiliar na recuperação econômica e, consequentemente, da economia, estando preparados para ajudar seu cliente, isso aconteceu na prática durante a pandemia e segue ocorrendo. Também tiveram que lidar com perdas de clientes, que ficaram sem condições de continuar suas atividades, após a perda de recursos e de mercado. Para o próximo ano, em um cenário de mudança no governo federal, os profissionais contábeis precisam estar, de forma permanente, atentos às mudanças e preparados para as alterações que podem ocorrer nas legislações e prazos do setor, buscando entender e orientar seus clientes rapidamente.
 
Na sua opinião, quais as perspectivas para o profissional contábil nos próximos anos?
Hoje em dia, é possível observar um grande avanço tecnológico, com a digitalização das atividades, e o profissional contábil precisa estar inserido neste contexto. Além disso, os clientes passaram a ter demandas diferentes, por conta da modernidade e a contabilidade tradicional já não consegue atender esse mercado.A implantação de novas tecnologias vai continuar por muitos anos, a cada dia uma nova forma de realizar um processo aparece e o objetivo é sempre torná-lo mais assertivo e rápido. O profissional precisa se atualizar constantemente, não apenas pelas mudanças constantes nas legislações, como também pelo uso mais frequente de tecnologias avançadas. Ainda no assunto profissional, é cada vez mais evidente a necessidade de aprimoramento e ser especialista em alguma área específica, ainda mais para ser competitivo no mercado de trabalho.

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