Envelhecimento saudável requer equilíbrio e autonomia
O envelhecimento da população brasileira tem aumentado consideravelmente nas últimas três décadas. O Brasil, segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), tem mais de 28 milhões de pessoas com 60 anos ou mais, o que representa 13% da população brasileira. As projeções apontam que a população idosa crescerá ainda mais nas próximas décadas. De acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), em 2043, um quarto da população brasileira terá mais de 60 anos, enquanto que a proporção de jovens com até 14 anos será de apenas 16,3%.
Mesmo que o envelhecimento seja um processo natural da vida ao se pensar no assunto surgem algumas dúvidas, como: as famílias estão ficando cada vez menores, então, quem cuidará dos mais velhos? O Brasil, realmente, se preocupa com seus idosos? As pessoas estão preparadas para envelhecer? Os profissionais de saúde estão aptos para atender essa crescente demanda? As famílias estão mais atentas com seus idosos? Como o abandono familiar impacta na qualidade de vida? De que maneira deseja-se chegar na terceira idade?
O médico cooperado da Unimed Chapecó com especialidade em Medicina da Família, Dr. Juliano Brustolin, explica que a alta longevidade é reflexo do somatório de vários fatores. “Melhoria da qualidade de vida de maneira geral, aumento do acesso às condições de saúde, avanços da medicina, disseminação das informações e ampliação dos cuidados e das medidas de prevenção às doenças”, comenta.
Outras condições também favorecem para esse envelhecimento da população brasileira. O médico cooperado da Unimed Chapecó com especialidade em Medicina da Família, Dr. Asdrubal César da Cunha Russo, destaca os progressos na atenção primária à saúde voltados à prevenção, as políticas públicas de saúde e as mudanças comportamentais. “Exemplo disso é o tabagismo que apresenta queda do percentual de fumantes na última década, com redução de 35% para 13%”, explica.
“O envelhecimento é uma conquista da humanidade. Contudo, a reflexão é de que envelheceremos a partir dos hábitos atuais, por isso a importância de ter uma vida saudável, com alimentação equilibrada e prática regular de atividades físicas. O grande desafio é chegar na terceira idade independente, pois a autonomia é considerada uma das condições de saúde. Não basta ter uma vida longínqua, sem qualidade de vida. Precisamos de promoção e manutenção da independência”, argumenta o médico cooperado da Unimed Chapecó, geriatra e cardiologista Dr. Marcio Fernando Borges ao comentar que Chapecó tem pelo menos 20 mil idosos.
Com maior expectativa de vida, Dr. Asdrubal reforça que a família tem papel fundamental nos cuidados com os idosos. “Os familiares devem participar ativamente das condutas orientadas pelos médicos, pois são voltadas à manutenção e à proteção da saúde. Além disso, devem adotar atitudes de valorização estando mais presentes para não permitir o isolamento”, alerta.
Contudo, a vida cotidiana cada vez mais agitada tem resultado em distanciamento. Para o Dr. Brustolin, as famílias estão cada vez mais sobrecarregadas, com inúmeros compromissos e muitas têm dificuldade em acompanhar seus idosos. “Isso é preocupante porque o Brasil não investe em suporte para atendimento da terceira idade. Vemos situações de abandono, brigas frequentes entre os filhos e falta de assistência e acompanhamento. Culturalmente em nossa região é natural o cuidado com os idosos, porém isso tem mudado com as novas gerações que têm buscado seus sonhos e, em alguns casos, as pessoas mais velhas se tornam um fardo”, lamenta. Para o médico a sociedade precisa evoluir muito, ter mais respeito e paciência com os idosos, aceitar a velhice e saber lidar com as situações cotidianas, que mudam ao longo da vida.
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