Postado em 04 de Maio de 2023 às 15h56

Encontro fomenta educação sanitária em todo o país

O médico-veterinário do município de Palma Sola Diogo Draeger e a conselheira técnica do Icasa Luciane Surdi, no evento em Brasília (Foto: Divulgação).

A educação sanitária deve preceder a fiscalização nas propriedades rurais. Com esse olhar representantes do Instituto Catarinense de Sanidade Agropecuária (ICASA) participam até esta sexta-feira (5) do “I Encontro de Educação Sanitária: Educar para Prevenir”. A iniciativa é da Secretaria de Defesa Agropecuária do Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) e tem como objetivo promover a articulação multi-institucional e multidisciplinar, atualização e capacitação técnica em educação sanitária, em especial quanto ao uso de metodologias ativas nas atividades educativas, e promoção de ambiente de troca de saberes e experiências.
Participam do evento em Brasília (DF) servidores públicos do Mapa, dos órgãos estaduais de defesa agropecuária, de instituições de ensino e pesquisa, de outros ministérios (Saúde, Educação, Meio Ambiente), representantes do setor produtivo e da sociedade, consumidores e representantes dos conselhos de classe. Representam o ICASA a médica-veterinária e conselheira técnica Luciane Surdi e o médico-veterinário do município de Palma Sola Diogo Draeger.
Luciane destaca que na abertura do evento a ênfase foi a interface da educação sanitária com a fiscalização. “Importante esclarecer que o ICASA não faz fiscalização, é apenas apoiador das ações do serviço veterinário oficial, mas a abordagem desse assunto é necessária por velar pela continuidade do cumprimento da lei. O que está por traz do ato de fiscalizar é a tentativa de viabilizar a mudança de padrão para o mais próximo e adequado à legislação, então, a educação sanitária é um grande aliado e por meio dela é possível obter melhores resultados, reduzindo a fiscalização e até mesmo dispensando a punição porque o produtor se adequa às normas”, analisa.
As temáticas apresentadas reforçaram que o fiscal é o responsável por levar aos produtores as informações sobre a legislação, mas que a educação sanitária deve chegar antes com as orientações e abrindo os horizontes de visão. “Muitas vezes, o empreendedor rural realiza um ato falho por desconhecimento. Os pedagogos reforçaram que pelo ato de educar é viável o cumprimento sustentável da lei, que aliado com a inserção de novas tecnologias proporciona outros resultados e favorecem a mudança de comportamento.
PROESA
Outro destaque do evento é a divulgação do Programa Nacional de Educação Sanitária em Defesa Agropecuária (Proesa), instituído por meio da publicação da Instrução Normativa nº 28/2008. A missão é promover a articulação interinstitucional para fomentar e implementar políticas públicas de educação em defesa agropecuária em benefício da saúde única (união entre a saúde animal, humana e ambiental) e sustentabilidade socioambiental.
Entre os objetivos do programa estão: estabelecer e implementar diretrizes nacionais para as atividades de educação sanitária em defesa agropecuária; promover o fortalecimento, aumento da abrangência e aperfeiçoamento das ações públicas e privadas orientadas para a educação sanitária em defesa agropecuária; e desenvolver e implementar, de forma continuada, planos, programas, atividades e ações em educação sanitária em defesa agropecuária, de forma articulada com as três instâncias do Sistema Unificado de Atenção à Sanidade Agropecuária e com os Sistemas Brasileiros de Inspeção de Produtos e Insumos Agropecuários.
Luciane enfatiza que o programa está cadastrando consultores na área para participarem. As informações constam na Portaria nº 191, de 20 de setembro de 2019, que estabelece a atividade técnico-científica, colaborativa, voluntária, específica e eventual, de consultores externos, pertencentes a instituições públicas ou privadas.
ICASA
O conselheiro executivo do ICASA, Osvaldo Miotto Junior, comenta que esse evento é importante e vai ao encontro do que o ICASA se propõe a fazer no campo em apoio à defesa agropecuária. “O ICASA foi criado em 2005 com o objetivo de apoiar a defesa sanitária agropecuária em conjunto com órgãos e entidades públicas e privadas de Santa Catarina, nos termos do Decreto nº 5.741/2006, tendo como finalidade principal o apoio, a pesquisa, o desenvolvimento e o acompanhamento de atividades no setor agroindustrial, inclusive na defesa sanitária e ambiental, sempre na condição complementar de apoio ao Serviço Oficial”, enfatiza.

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