Empreender para transformar: imigrantes participam de capacitação do Sebrae/SC

Ação integra novo Programa de Inclusão Socioprodutiva em Santa Catarina

MB Comunicação Empresarial e Organizacional -

Haitianos, senegaleses e venezuelanos participaram de uma ação do Programa de Inclusão Socioprodutiva, em Chapecó (Foto: Marci Páz/MB Comunicação).

Haitianos, senegaleses e venezuelanos participaram, no último fim de semana, de uma ação do Programa de Inclusão Socioprodutiva em Santa Catarina. A iniciativa do Sebrae/SC ocorreu na Igreja de Deus Santificada, no bairro Jardim América, em Chapecó. O propósito foi de oferecer às pessoas em situação de vulnerabilidade um novo caminho.

O gestor do programa na região oeste, Thiago Dalla Rosa, explicou que o Sebrae traz em seu histórico uma atuação voltada a promoção, apoio e fomento de pequenos negócios. “Então, ao avançar em seu compromisso de acelerar o desenvolvimento busca caminhos eficazes para incluir ao público atendido pela instituição pessoas que teriam pouco ou nenhum acesso a oportunidades de capacitação, orientação para gerar ou melhorar a renda e ter uma vida autônoma”.

A ação contou com a palestra “Planejando o sucesso”, ministrada pelo consultor credenciado ao Sebrae/SC, Claudir Olípio Gräf. Ele abordou o conceito de sucesso, anseios pessoais e profissionais, empreendedorismo, importância de ter clareza do que esperar, como planejar a atividade econômica e os passos para formalização. “Enfatizei alguns direcionamentos para que o negócio tenha maiores possibilidades de continuidade e crescimento”, observou.

CONTRIBUIÇÃO

De acordo com um dos líderes das comunidades de imigrantes do município, Nahum Saintjulien, de 48 anos, a ideia dessa proposta surgiu para auxiliar quem deseja empreender. “É fundamental conhecimento científico de como fazer, principalmente, para cumprir com todas as exigências do mercado brasileiro”, observou. E, para os imigrantes que já tem seu próprio negócio, segundo ele, é importante para fortalecer a atividade. Nahum mora em Chapecó há 10 anos e destacou que as estimativas apontam para 20 a 25 mil imigrantes de diversas nacionalidades no município.

Para o líder do movimento dos venezuelanos em Chapecó, Santiago Pereira, de 49 anos, a iniciativa foi muito positiva porque auxiliou quem precisava aprimorar sua ideia de negócio, esclareceu dúvidas de como registrar a empresa e também orientou como administrá-la. Ele está em Chapecó há quatro anos, e atualmente trabalha na Pastoral do Imigrante que orienta sobre refúgio e doações, além de auxiliar nos encaminhamentos para o trabalho.

Há oito meses morando em Chapecó, Arelis Grillet, de 49 anos, já conhece vários conterrâneos que estão empreendendo. “Principalmente nas áreas de gastronomia, barbearia, manicure e pedicure, e maquiagem, ou seja, de prestadores de serviços”, explicou ao acrescentar que todos buscam uma melhor qualidade de vida.

Coralis Martinez, de 42 anos, faz bolos, pães e salgados. Seu desejo é ter o próprio negócio, por isso no momento está guardando dinheiro para comprar equipamentos e matéria-prima. “Participei da palestra em busca de mais conhecimento”, comentou. Ela relembrou que já foi beneficiada com consultoria gratuita disponibilizada pelo Simplifica Chapecó e pelo Sebrae/SC, por meio do Programa Cidade Empreendedora. “Inclusive o Sebrae já fez a minha marca a Coralis”, enfatizou a moradora do bairro Efapi.

PROGRAMA

O consultor credenciado ao Sebrae/SC, Leandro Della Piccolla, avaliou que a ação foi fundamental para que a entidade pudesse compreender as demandas dos imigrantes que escolheram Chapecó para viver, analisar as necessidades e identificar oportunidades. “O empreendedorismo é um propulsor do desenvolvimento, da geração de possibilidades e do aumento da renda. Por isso, a proposta busca incentivar a formalização, aprimorar a gestão empresarial e abordar a importância da educação financeira”, comentou.

Para auxiliar a transformar realidades, esse novo programa atenderá até o fim de 2025 jovens em situação de vulnerabilidade social, mulheres em situação de vulnerabilidade social, povos tradicionais e originários (indígenas), quilombolas, produtores rurais familiares e microempreendedores individuais.

O propósito foi de oferecer às pessoas em situação de vulnerabilidade um novo caminho (Foto: Marci Páz/MB Comunicação).

A ação contou com palestra que abordou sobre empreendedorismo, importância de ter clareza do que esperar, como planejar a atividade econômica e os passos para formalização (Foto: Marci Páz/MB Comunicação).

Empreender para transformar: imigrantes participam de capacitação do Sebrae/SC

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