Postado em 07 de Abril de 2021 às 18h45

Efeito do manejo na condenação de animais é abordado no 21º Simpósio de Avicultura

  • MB Comunicação Empresarial e Organizacional -
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A condenação de aves que chegam até os abatedouros é um tema recorrente na avicultura industrial e esteve em debate no segundo dia do 21° Simpósio Brasil Sul de Avicultura (SBSA), promovido pelo Núcleo Oeste de Médicos Veterinários e Zootecnistas (Nucleovet). O tema “Efeito do manejo pré-abate sobre os níveis de condenação na indústria brasileira” foi abordado pelo doutor em Zootecnia e pesquisador da Embrapa Suínos e Aves, Everton Krabbe. O evento, que começou na terça-feira (6), segue até a quinta-feira (8), inteiramente on-line.
Krabbe frisou que o período de pré-abate é de menos de 12 horas. “Representa 1% do tempo da criação do frango. É pouco tempo para reduzir perdas”. O processo de manejo pré-abate está inserido em vários aspectos da cadeia de produção de aves. Cada País possui uma legislação e, de acordo com Krabbe, os critérios precisam ser rígidos e éticos para que o alimento comercializado seja seguro e de qualidade. “Mesmo que seja pouco tempo, as perdas são significativas”, acrescentou.
A média de condenação de carcaças no Brasil era de 6%, de acordo com estudos realizados até 2011. As principais causas eram contaminação e lesões traumáticas. Estudos mais recentes mostram redução de problemas relacionados ao período pré-abate, mas as causas se mantêm as mesmas.
Aspectos como número de aves nas caixas de transporte, apanha, tempo de jejum pré-abate, logística de transporte, turno do carregamento das aves, hidratação das aves durante o jejum, temperatura e umidade nas estruturas de espera influenciam na qualidade das carcaças. “Atualmente, o índice de condenação no Brasil é de 2,62%, maior que na América e Latina e em outros países, mas a tendência é de redução”, realçou o palestrante.
Krabbe ressaltou que o manejo pré-abate é um momento relativamente curto, porém de extrema relevância no resultado econômico dos lotes, assim como o atendimento à legislação é fundamental. “Um adequado planejamento das etapas do período pré-abate é muito importante”, reforçou.
De acordo com o palestrante, a desuniformidade dos lotes segue sendo um grande desafio, especialmente em função da crescente automação dos processos. Krabbe comentou, ainda, que os índices de condenações são muito distintos entre as empresas. Também relatou que o Brasil, em comparação com outros países, apresenta níveis mais elevados de condenações. Para melhorar os indicadores, ter profissionais capacitados é fundamental. “Além disso, o desenvolvimento de novas tecnologias poderá aportar ganhos tanto no bem-estar das aves, na ergonomia dos trabalhadores e nos ganhos econômicos”, concluiu o palestrante.
Após as palestras, os especialistas participaram de debate com interação dos participantes do Simpósio via chat.
SOBRE O EVENTO
A programação científica do 21º SBSA está subdividida em cinco módulos: futuro, mercado, abatedouro, sanidade e manejo. As palestras estão focadas em assuntos de interesse do público de campo, produtores, técnicos, veterinários, gestores das agroindústrias, integrações e cooperativas. São temas que fazem parte dos principais pilares da cadeia de produção de aves.
             Paralelamente ocorre a 12ª Brasil Sul Poultry Fair e demais eventos paralelos. A feira virtual reúne mais de 70 empresas nacionais e multinacionais. É um espaço onde as empresas geradoras de tecnologias apresentarão suas novidades e seus produtos, permitirão a construção de networking e o aprimoramento técnico dos congressistas.
            O 21º Simpósio Brasil Sul Avicultura tem apoio do Conselho Regional de Medicina Veterinária de SC (CRMV/SC), da Sociedade Catarinense de Medicina Veterinária (Somevesc), da Prefeitura de Chapecó, da Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA), da Embrapa Suínos e Aves e da Unochapecó.
Mais informações no site: www.nucleovet.com.br/simposio/avicultura

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