Postado em 21 de Dezembro de 2020 às 17h26

Diabetes: conhecer para prevenir e melhor tratar

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Uma doença comum, que costuma ser silenciosa e, por isso, deve ser rastreada e prevenida. Conforme especialistas, caso seja bem manejada, o Diabetes não impacta significativamente na qualidade de vida do seu portador. Porém, caso não seja controlada, muita coisa entra em jogo! Não só a qualidade de vida, mas a vida em si.
“Alguns fatores, como a genética, não podem ser modificados. Mas muitos outros, como a alimentação, prática de atividades físicas e controle de peso podem ser controlados e evitar uma possível progressão para Diabetes ou, ao menos, facilitar seu controle”, alerta a médica endocrinologista e cooperada da Unimed Chapecó. Dra. Marielle Lang.
A médica menciona sobre a importância de avaliar cada paciente como um todo e não apenas verificar sua glicose. “Destaco a influência de uma equipe multidisciplinar no cuidado do paciente diabético ou com fatores de risco para essa doença. Não basta orientar o que deve ser feito, deve-se ajudar a fazer: educador físico para orientar e supervisionar atividades físicas e o mesmo com o nutricionista na alimentação, adequando cada situação para cada paciente individualmente”, ressalta.
De acordo com Dra. Marielle, o ano de 2020 dificultou o trabalho de acompanhamento de pacientes e prevenção à saúde devido a pandemia de covid-19. Com o isolamento social, muitas pessoas restringiram suas atividades físicas e compensaram a solidão e o medo em alimentos com baixo valor nutricional. Segundo ela, isso trouxe à tona um problema muito comum, mas agravado nesse contexto: o descontrole do peso.
A médica propõe uma reflexão sobre a saúde de cada pessoa. “Você tem feito sua avaliação médica de rotina? Tem praticado atividades físicas? Como está a sua alimentação? Nunca é tarde para cuidar de você. Lembre-se, a pandemia ainda não acabou! Se o seu corpo estiver saudável, as chances de sofrer infecções graves se reduzem. Ajude a sua imunidade da melhor forma, procure ajuda, estamos aqui para isso! ”, alerta.
            EDUCAÇÃO EM DIABETES
            O Diabetes Mellitus é uma doença crônica que exige mudanças permanentes no estilo de vida com a construção de comportamentos com objetivo de controlar da melhor maneira possível a glicemia. Nesse caso, a educação em saúde visa estimular os autocuidados e melhorar a qualidade de vida e prevenir complicações. A médica cooperada especialista em Endocrinologia e Metabologia e Doutora em Ciências, Dra. Mari Cassol, ressalta que paciente e família precisam estar capacitados a tomar decisões relacionadas ao tratamento: como medir a glicemia, saber usar os medicamentos, praticar exercícios físicos regularmente, ajustar os hábitos alimentares e, sobretudo, entender por que é importante manter a glicemia sob controle. “Os cuidados são para o resto da vida e o padrão de entendimento sobre a doença, tanto do paciente quanto da família impacta diretamente no seu controle metabólico”, enfatiza a médica.
A especialista esclarece que é perceptível na prática clínica que a falta de conhecimento sobre a doença e seus autocuidados adequados torna os pacientes menos preparados para tomar decisões, menos motivados para fazer mudanças de comportamento, além de ficarem mais vulneráveis no aspecto psicossocial. “Se tratando de educação em Diabetes, os esforços devem ser praticados por toda a equipe multidisciplinar que atende o paciente, mas em especial pelos médicos e pela equipe de enfermagem que, com o devido treinamento, podem fazer a diferença na vida das pessoas afetadas pela doença”, afirma. 
GORDURA CORPORAL E DIABETES TIPO 2
A obesidade está associada a menor expectativa de vida e diversas doenças crônicas, entre as quais está o Diabetes Mellitus tipo 2. O diagnóstico de obesidade leva em consideração o índice de massa corporal: Peso/Altura². Conforme Dra. Mari, indivíduos com IMC acima de 30 kg/m² são considerados obesos, e aqueles entre 25-30 com sobrepeso. Mas, segundo ela, é importante ressaltar que pessoas com gordura concentrada, principalmente na região abdominal, possuem maior risco.
“Portanto, não apenas o IMC deve ser levado em conta, mas também a composição corporal, a distribuição de gordura e os exames laboratoriais. Pois, esse excesso de gordura pode se depositar no fígado, no pâncreas e em outros órgãos, atrapalhando a ação da insulina (hormônio que controla a glicemia no sangue) fazendo com que os níveis de glicemia se elevem”, alerta.
Em relação ao Diabetes tipo 2, a médica afirma que pode-se dizer que o ganho de peso é o principal fator de risco ambiental para o desenvolvimento da doença, o outro fator são os aspectos genéticos. “A cada quilo de peso perdido, em pessoas com pré-diabetes, reduzimos em 16% o risco de aparecimento do Diabetes. E além disso, em pessoas com Diabetes de diagnóstico recente, uma mudança intensiva do estilo de vida visando redução calórica e perda de peso pode deixar a doença sob controle, podendo o paciente não necessitar mais o uso de medicações” complementa.
 
 
 
 
 
 

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