Dia da Família na Escola promove integração em Chapecó

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Tainá Klein, Heliana Klein, Otávio Klein e Carol Wickert aproveitaram o Dia da Família na Escola

“É uma oportunidade que nós, pais, temos de conviver no âmbito escolar, conhecer a estrutura, conversar com os professores e conhecer os colegas. Isso agrega para a família saber onde os filhos passam grande parte do tempo. Vir para a instituição e ter o Dia da Família na Escola é de extrema importância”. A afirmação é de Heliana Klein, mãe dos estudantes do terceiro e do primeiro ano do ensino médio do SENAI Chapecó, Otávio Klein e Tainá Klein. Para Tainá, o dia une mais as famílias. “É importante para os pais conhecerem como a escola trabalha, a dedicação tanto da escola e professores quanto dos alunos e para que os pais se sintam parte da escola”, frisou a estudante.

Eles participaram, no último sábado (15), do Dia da Família na Escola, no SENAI Chapecó. A data está incluída no calendário escolar catarinense desde 2016 por conta da lei estadual nº 16.877, que visa incentivar a família a participar efetivamente da vida escolar dos alunos. Participam escolas municipais e estaduais, rede privada, além da rede escolar da FIESC (SESI e SENAI, com a Escola S), FECOMÉRCIO (SESC e SENAC), FAESC (SENAR) e FETRANCESC (SEST e SENAT).

Em Chapecó, as ações aconteceram no SENAI e envolveram oficinas Experience Day – Robótica, roda de conversa com psicólogas, programação de jogos on-line com pais e filhos e experiências em família no laboratório de química. Outras atrações foram pintura facial, visita guiada aos laboratórios, mateada, adoção de animais, venda de lanches, show com os alunos Arthur e Luan, jogos de vôlei entre pais e filhos, painel de fotos e o SESI esteve presente com os serviços de farmácia e vacinas contra a gripe.

As psicólogas clínicas Milena Ferraz e Lenise Raquel Sachet conduziram as rodas de conversa sobre saúde mental e autocuidado. “O nosso dia a dia é corrido e nem sempre voltamos o olhar para nós, para refletir. Falamos sobre a importância de ouvir o outro e de sinais do corpo que indicam que podemos não estar bem”, comentou Milena. Outra intenção foi desmistificar que a saúde mental é algo “fora do corpo”. “Causa dor física também e é preciso tratar com a mesma importância que se dá ao corpo”, acrescentou Lenise. Elas destacaram a importância de estar atento, tanto as crianças e adolescentes quanto os adultos. As relações familiares também foram tema das rodas de conversa. “É preciso que os pais realmente ouçam as questões dos filhos e que os filhos saibam ouvir os porquês dos pais. A comunicação é importante, assim como saber lidar com os sentimentos e, nesse processo, acompanhar os filhos na escola é fundamental”, salientaram as psicólogas.

O principal problema destacado pelas profissionais é a ansiedade. Em 2022, a Organização Mundial da Saúde (OMS) divulgou sua maior revisão mundial sobre saúde mental desde a virada do século. O levantamento mostra que quase um bilhão de pessoas – incluindo 14% dos adolescentes do mundo – viviam com um transtorno mental. Além disso, 15% dos adultos em idade laboral sofreram com algum transtorno mental. A depressão e a ansiedade aumentaram mais de 25% apenas no primeiro ano da pandemia.

Na Sala Steam, os familiares tiveram demonstração de robótica e conheceram materiais usados nas aulas, como corte a laser, mídias digitais e a Educação Maker. “No novo ensino médio tem aulas de robótica, fabricação digital, mídias digitais, biohackeria e projetos livres. Esses são apresentados a uma banca no fim do ensino médio, como um projeto científico, nos mesmos moldes de um trabalho de conclusão de curso de graduação superior”, relatou o professor de maker e robótica, Jean Peres Almeida.

No laboratório de físico-química, os visitantes puderam acompanhar dois procedimentos. Um deles foi a pasta de dente de elefante, um experimento que produz uma grande quantidade de espuma devido às reações químicas. Outro procedimento foi o uso de vinagre e bicarbonado de sódio para encher um balão. Os experimentos foram conduzidos por alunos e professores. “Eu gosto muito da área de química. Participo de todas as oficinas. É o que quero fazer da vida”, disse a estudante do ensino médio, Isabelly da Rosa.

A supervisora de educação do ensino médio, Aline Carla Marin, realçou que, atualmente, as famílias têm dias com muitas atividades e dificilmente frequentam a escola. “O Dia da Família na Escola é uma oportunidade para isso e é fundamental, pois quanto mais próximos os familiares são, quanto mais entendem a realidade da escola e dos filhos, melhor fica o processo educativo, além de contribuir para a evolução dos alunos”.

O gerente executivo do SESI, SENAI e IEL na regional Oeste, Jardel Carminatti, salientou que o Dia da Família na Escola fortalece vínculos, estimula a empatia e o senso de coletividade. “A participação da família melhora a comunicação, a transparência, valoriza mais os alunos, integrando e incentivando toda a comunidade escolar. Isso reflete diretamente em melhorias nos índices dos alunos e na qualidade do ensino. Todos os envolvidos estão de parabéns pela dedicação a esse dia tão importante para a educação de Santa Catarina”.

A rede municipal de ensino de Chapecó também promoveu atividades com o intuito de incentivar as famílias a visitarem as instituições educativas e realizarem atividades de interação com os filhos. Escolas e CEIMs promoveram palestras sobre temas variados, rodas de conversa, dinâmicas, apresentações dos alunos, brincadeiras ao ar livre, contação de histórias, mateadas, brinquedos infláveis, show de talentos, exposição de trabalhos, jogos, rua do lazer, confecção de painéis, entre outras ativdades. “Esse momento é muito importante, pois quanto maior for o vínculo entre família e escola, maiores são as chances de termos sucesso no processo de ensino-aprendizagem”, enfatizou a secretária municipal de Educação, Astrit Tozzo.