Estratégia do setor de alimentação fora do lar deve permanecer na rotina dos consumidores
Pizza com sabores trocados, hambúrguer gourmet com o ponto da carne errado, porção de batatas fritas encharcadas de gordura e marmita de comida brasileira com ingredientes frios são situações pelas quais nenhum consumidor de delivery deseja passar. A pandemia do novo Coronavírus alterou drasticamente os hábitos de consumo da população mundial e na área da alimentação fora do lar a entrega dos produtos na residência ganharam cada vez mais adeptos e foram aliados das empresas para enfrentar a crise econômica provocada pelo isolamento social.
O novo hábito do delivery deve permanecer na rotina dos consumidores. Antes desta crise nem todos os estabelecimentos usavam aplicativos de entrega ou disponibilizavam esse serviço, contudo o distanciamento social e o não atendimento ao público motivaram os empresários a aderirem como alternativa de mitigar os impactos financeiros. Estudos revelam que o consumidor mudará ainda mais os hábitos depois dessa pandemia e os estabelecimentos precisam estar preparados para corresponder com os novos anseios do público.
“Os estabelecimentos estão preparamos para continuar atendendo o delivery com a retomada das atividades? Há estrutura e profissionais para absorver essa demanda? Quais os canais o consumidor utilizará para chegar às empresas de alimentação fora do lar? Essas são reflexões necessárias para os empresários do setor que almejam inovar e manter seus clientes, pois a experiência oferecida em casa deve ser semelhante ou muita próxima da proporcionada no estabelecimento”, analisa a engenheira de alimentos com especialização em gestão da qualidade e consultora credenciada ao Sebrae/SC, Larissa Somenzari Raiser, ao reforçar a importância de rever o preparo dos alimentos e considerar o tempo de deslocamento para entrega.
Segundo Larissa, o consumidor estará cada vez mais exigente com a qualidade, além de estar atento e muito vigilante com sua segurança. “Dificilmente as pessoas permanecerão muito tempo no estabelecimento, pois priorizarão a menor exposição possível em ambientes propícios à contaminação em função do fluxo de visitantes. E, os estabelecimentos precisam ser ágeis para entregar as solicitações rapidamente. Aliados a esse novo cenário terão de reduzir custos internos, evitar desperdícios e melhorar os controles de operação”, comenta.
As boas práticas de fabricação, o zelo redobrado na manipulação dos alimentos e as medidas de segurança para evitar o contágio do novo Coronavírus farão a diferença no setor. De acordo com Larissa, os estabelecimentos devem redobrar a higiene, transmitir orientações claras aos colaboradores e oferecer todas as medidas de proteção aos seus clientes. “É fundamental que as boas práticas sejam exercidas por todos os funcionários e não apenas da cozinha. Em caso de algum manipulador apresentar sintomas respiratórios deve ser imediatamente afastado para não ter contato com alimentos e a equipe se organizar para atuar normalmente, sem aquele integrante”, alerta.
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