Postado em 14 de Maio de 2019 às 17h03

Higiene das mãos: eficácia no controle de microrganismos

Desde 1846, segundo estudos, é sabido e comprovado que os germes que ocasionam as Infecções Relacionadas à Assistência à Saúde (IRAS) são transmitidos de paciente a paciente por meio das mãos da equipe de assistência. Desta forma, a higiene das mãos com água e sabonete, ou com compostos alcoólicos, é a maneira mais barata e mais simples de se prevenir infecções.
As mãos são colonizadas por microrganismos que ficam nas camadas da pele e que devem ser removidos com escovação adequada das mãos antes de procedimentos cirúrgicos. Para facilitar esse processo, o Hospital Unimed Chapecó dispõe, em seu Centro Cirúrgico, da chamada escova impregnada de digliconato de clorexidina, uma importante alternativa na remoção destes microrganismos.
“Com a técnica correta de escovação das mãos e a utilização da escova impregnada com digliconato de clorexidina, os riscos de infecção diminuem e o processo para realização de procedimento torna-se seguro” explica o enfermeiro coordenador do Centro Cirúrgico, Luciano Coltro. Além da remoção dos microrganismos, a esponja tem como finalidade a remoção de sujidades, suor, oleosidade e células descamativas, interrompendo a transmissão de infecções veiculadas ao contato. A duração da escovação adequada das mãos é de cinco minutos.
Historicamente, a instituição da higiene das mãos antes dos procedimentos cirúrgicos é um marco na história da Medicina e contribuiu de forma relevante para a redução da mortalidade hospitalar. De acordo com o coordenador médico do Centro Cirúrgico do Hospital Unimed Chapecó, Dr. Rodrigo Armani, parece simples, mas a técnica adequada de escovação das mãos pela equipe cirúrgica antes dos procedimentos foi desenvolvida e é atualizada com base em grandes e sérios estudos científicos. “O Hospital Unimed Chapecó é totalmente comprometido com a segurança dos pacientes e, como hospital acreditado, treina e capacita sua equipe para a adoção das melhores práticas e protocolos”, salienta Dr. Armani.
Compromisso com a prevenção
O dia 15 de maio marca, oficialmente, o Dia Mundial de Prevenção e Controle das IRAS. Só no Brasil, cerca de 100 mil pessoas morrem ao ano por causa dessas infecções. Além do consumo inadequado de antibióticos, outro fator que pode agravar infecções é a falta de controle por parte dos hospitais. Por outro lado, segundo a médica infectologista, coordenadora médica do Serviço de Controle de IRAS e Diretora Técnica do Hospital Unimed Chapecó, Dra. Carolina Ponzi, é preciso deixar claro que não existe nenhum hospital com taxa zero de IRAS, pois tais infecções estão relacionadas a diversos fatores e desses, alguns fogem ao controle, como aqueles ligados ao paciente em si: problemas crônicos de saúde, gravidade de doenças, idade, entre outros.
Outro fator que auxilia no combate às IRAS é a higiene adequada do ambiente. Além disso, pacientes que têm doenças infectocontagiosas ou aqueles que estão infectados ou colonizados por bactérias multirresistentes (superbactérias) devem permanecer em isolamento enquanto estiverem internados a fim de evitar a transmissão para outros doentes. “O investimento em recursos humanos e em tecnologia também é fundamental para que se possa fazer um trabalho seguro e de qualidade no que diz respeito à prevenção de IRAS”, salienta Dra. Carolina.
Texto Andressa Recchia/Unimed Chapecó  

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