Postado em 14 de Maio de 2020 às 16h32

ACIC apoia novas medidas de combate à Covid-19 determinadas pela Prefeitura de Chapecó

Entidade adverte que a política local de combate à Covid-19 só produzirá resultados se houver a adesão maciça da população

A Associação Comercial e Industrial de Chapecó (ACIC) considera que a Administração Municipal conduz de forma segura as ações de combate à Covid-19, mas advertiu que somente a adesão maciça da população às medidas do setor público reduzirá o número de contaminados e evitará o lockdown.
O presidente Nelson Eiji Akimoto assinalou que merecem registro e elogio três características da política de saúde pública coordenada pelo prefeito Luciano José Buligon: a permanente leitura da realidade local, a integração com os órgãos estaduais e federais da saúde e o alinhamento aos pressupostos técnicos e científicos.
O dirigente lembrou que a mobilização nacional para o combate ao coronavírus e aos efeitos que a epidemia causa na sociedade brasileira vem exigindo uma alta cota de sacrifícios de parte do setor privado. As estratégias para o enfrentamento da doença exigem a paralisação de milhares de atividades profissionais e empresariais e, por via de consequência, deixam em situação de vulnerabilidade milhões de trabalhadores.
Por isso, julga “prudente” a decisão anunciada nesta semana de ajustar uma escalada de medidas proporcionalmente à evolução do quadro epidêmico – sem, no entanto, decretar a paralisação das atividades não essenciais nesse momento, contrariando a recomendação do governo estadual. Estão coerentes, dentro dessa perspectiva, as medidas que entram em vigência de fechamento por prazo indeterminado de todos os espaços públicos, uso de máscaras em espaços públicos, controle na formação de filas e exigir que todas as atividades econômicas atentem para que as pessoas mantenham o distanciamento.
Com relação à aferição da temperatura das pessoas, como foi dado um prazo para adequação, a entidade sugere que seja apenas uma recomendação, pois esse tipo de equipamento está em falta no mercado.
– “A paralisação, agora, agravaria de forma desesperadora esse período de crescente desemprego, de redução da produção, de recuo do Produto Interno Bruto e de queda na arrecadação tributária. Compreendemos que essa estratégia evita o fechamento total (lockdown) e, assim, impede que a maior parte das empresas de micro, pequeno e médio porte percam totalmente a capacidade de sobrevivência.”
O presidente destacou que a ACIC identificou coerência, sensibilidade social e obediência aos parâmetros técnicos no extenso documento sobre os critérios para medidas de isolamento que a Administração Municipal de Chapecó elaborou com base em três indicadores: número de pessoas contaminadas, números de óbitos e o número de leitos hospitalares ocupados com pacientes de Covid-19. Sugere, ainda, que a análise do cenário econômico e seus reflexos seja também considerada em qualquer decisão.
Por conseguinte, julga que são adequadas as condições estabelecidas para avanço das medidas restritivas na proporção direta do aumento do número de casos e na ocupação dos leitos hospitalares. “Precisamos estar atentos para que o avanço das restrições não evolua até uma situação crítica”, frisou.
O esforço da Administração Municipal na ampliação da estrutura hospitalar, com o aumento de mais 20 leitos de UTI na rede pública até o fim desse mês, foi outro ponto destacado pela ACIC, que também realiza ações nesse sentido.
Akimoto enfatizou que “as novas medidas na luta contra a Covid-19 em Chapecó só terão sucesso se houver maior conscientização sobre a gravidade da pandemia ao mesmo tempo, se subir o nível de adesão do público às medidas de contingenciamento e combate à Covid-19”.

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