ACI e FIESC reúnem comunicadores para discutir caminhos da comunicação
Jornalista Patrick Cruz defende integração de equipes, aprofundamento editorial e uso estratégico da tecnologia como caminhos para o futuro
ACI promoveu o evento com apoio da FIESC. ( Foto: Bruna Tomaz/ MB Comunicação)
Comunicadores, empresários, profissionais de marketing e interessados no tema “Para onde caminha a comunicação” foram reunidos, nesta segunda-feira (07), em um encontro promovido pela Associação Catarinense de Imprensa (ACI)/Casa do Jornalista e pela Federação das Indústrias do Estado de Santa Catarina (FIESC), no SENAI Chapecó. A iniciativa teve como foco uma conversa com o jornalista, editor de Agronegócios do jornal Valor Econômico e editor-chefe da revista Globo Rural, Patrick Cruz. Conduziram o momento ainda o vice-presidente da ACI e diretor da MB Comunicação, Marcos Bedin, o conselheiro da ACI, Rogério Kieffer, o gerente executivo do SENAI Oeste e Extremo Oeste, Jardel Carminatti e a assessora de comunicação da CooperAlfa, Sidivânia Peroza.
Segundo o jornalista, não há uma resposta única e nem definitiva sobre a questão: “Para onde caminha a comunicação”. O que pode ser feito, frisou, é observar movimentos e iniciativas que ajudam a construir essa resposta coletivamente. Um desses passos, relatou Cruz, foi a integração entre as equipes do Valor Econômico e da Globo Rural, veículos sob o guarda-chuva da Editora Globo.
Embora ambas as publicações pertençam à mesma empresa e compartilhassem até o mesmo prédio, as equipes trabalhavam de forma totalmente separada, sem troca de pautas ou de visões editoriais. Foi só após um estudo interno, realizado ao longo de um ano, que ficou compreensível que os dois veículos cobriam partes distintas do agronegócio. “O Valor, com foco macro e urbano, voltado a grandes empresas e políticas públicas; a revista Globo Rural, com olhar técnico e mais próximo da produção no campo, especialmente do pequeno produtor”, apontou o jornalista.
Essa segmentação, segundo Cruz, impedia uma compreensão mais completa dos fenômenos do agro. A união das equipes, então, surgiu como forma de potencializar as coberturas, ampliar o alcance e multiplicar a audiência, aproveitando as forças complementares de cada redação. A proposta, que vinha sendo discutida internamente há anos, acabou se concretizando com a percepção de que nenhum dos títulos, isoladamente, conseguia contar toda a história do setor. “Estamos tentando responder a essa pergunta com prática”, disse Cruz. “A comunicação está em movimento, e esse é o nosso jeito de acompanhar esse movimento.”
De acordo com Cruz, há três caminhos que ele considera fundamentais para pensar o futuro da comunicação. O primeiro deles é a necessidade de uma compreensão mais profunda do público. O jornalista ressaltou que, embora o agro seja o tema comum entre os leitores dos veículos em que atua, há grandes diferenças regionais dentro desse universo. “O agro da Bahia é diferente do agro do Oeste de Santa Catarina”, exemplificou e defendeu que entender essas especificidades é essencial para uma comunicação mais eficiente.
O segundo ponto é o domínio do conteúdo. Para Cruz, é indispensável que o jornalista se aprofunde nos temas que cobre. Embora generalizações possam atender parte do público menos familiarizado com o assunto, veículos especializados precisam fugir da superficialidade. “Não podemos ser generalistas”, afirmou.
Por fim, o terceiro caminho apontado pelo editor de Agronegócios do jornal Valor Econômico é a relação com as novas tecnologias. Ele salientou que ferramentas como a inteligência artificial não devem ser vistas com receio, mas como aliadas. Essas tecnologias, podem assumir tarefas operacionais e liberar os profissionais para atividades que exigem presença, criatividade e identidade. “Elas não vão substituir os seres humanos, mas podem nos ajudar a focar no que realmente importa.”
Comunicadores, empresários, profissionais de marketing e interessados no tema “Para onde caminha a comunicação” foram reunidos, nesta segunda-feira (07). ( Foto: Bruna Tomaz/ MB Comunicação)
O conselheiro da ACI, Rogério Kieffer. ( Foto: Bruna Tomaz/ MB Comunicação)
Assessora de comunicação da CooperAlfa, Sidivânia Peroza. ( Foto: Bruna Tomaz/ MB Comunicação)
Segundo Cruz é preciso é observar movimentos e iniciativas que ajudam a construir a resposta coletivamente. ( Foto: Bruna Tomaz/ MB Comunicação)
Jornalista, editor de Agronegócios do jornal Valor Econômico e editor-chefe da revista Globo Rural, Patrick Cruz. ( Foto: Bruna Tomaz/ MB Comunicação)
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