Postado em 13 de Agosto de 2019 às 17h07

Unimed Chapecó promove palestra sobre analgesia de parto

Médicos cooperados esclarecem como funciona o procedimento

A gestação é um dos momentos mais lindos na vida de uma mulher. Durante nove meses a mãe planeja a chegada do bebê, organiza a família, a casa e as finanças para receber o recém-nascido. Entre as preocupações está o momento do parto, o tão esperado momento de conhecer o novo integrante da família. Algumas mães optam desde o início pelo parto normal, outras preferem a cesariana. Um dos fatores decisivos no momento da escolha são as chamadas dores de parto, que assustam muitas mães, principalmente as de primeira viagem.
Uma alternativa para garantir o parto normal sem a presença excessiva das dores é a analgesia de parto, uma técnica analgésica que alivia a dor da gestante e, em muitos casos, facilita o trabalho de parto para toda a equipe médica envolvida, trazendo mais conforto e tranquilidade. A analgesia de parto ainda é pouco utilizada em Chapecó e gera muitos debates e questionamentos. Para esclarecer dúvidas e orientar médicos obstetras e enfermeiros com relação ao método, a Unimed Chapecó promoveu nessa semana a palestra “Analgesia de Parto: O que o obstetra deve saber” com os médicos anestesistas cooperados Dr. Diego Boniatti Rigotti e Dr. Gustavo Biesdorf, no auditório da Cooperativa Médica.
De acordo com Rigotti, o principal objetivo da analgesia de parto é aliviar a dor da gestante no parto normal, oportunizando maior conforto para a mãe. “Na analgesia de parto utilizamos o auxílio de raqui anestesia e de peridural que são as mesmas utilizadas na cesariana, só que com uma dose muito menor, apenas para aliviar a dor da paciente durante o trabalho de parto”, explicou.
Segundo o anestesista, a analgesia de parto é indicada para qualquer gestante que não possua contraindicação médica e que tenha o desejo de realiza-la. “Muitas pacientes acabam desistindo de fazer parto normal em decorrência das fortes dores e a analgesia vem como um excelente método para oportunizar a realização desse sonho para muitas mães que não o fazem por medo”.
Biesdorf salientou que na analgesia de parto a parte medicamentosa é semelhante a utilizada em cesarianas, o que muda são as doses que são cerca de dez vezes menores que uma anestesia para cesariana. “Analgesia alivia a dor, mas não vai tirar totalmente a dor, deixando cerca de 5% do que era antes. A gestante consegue caminhar, fazer os exercícios e sente as contrações normalmente. Além disso, a recuperação é igual a de um parto normal”.
            O anestesista observou, ainda, que a analgesia de parto não aumenta a incidência de evolução para cesarianas. “Um parto com menos dor é muito mais tranquilo para a mãe, o obstetra e toda a equipe que está atendendo a paciente. É fundamental debater esse tema entre os profissionais da saúde para que todos falem a mesma linguagem quando se aborda a analgesia de parto. A intenção é oferecer um atendimento cada vez melhor e mais humanizado para a mãe e toda a família”, complementou.

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