Postado em 15 de Julho de 2019 às 17h26

Projeto Campo Futuro levanta custos de produção da Tilápia em Santa Catarina

Painéis ocorreram em Massaranduba e Braço do Norte

Com o objetivo de reunir informações estratégicas, junto aos produtores rurais, para ajudá-los na tomada de decisões no dia a dia da produção de tilápia, o Projeto Campo Futuro, da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), realizou painéis de levantamento dos custos de produção nos municípios de Massaranduba e Braço do Norte.
A coleta de dados contou com a participação de produtores rurais, técnicos do Centro de Inteligência de Mercados da Universidade Federal de Lavras (CIM/UFLA) e representantes da Federação da Agricultura e Pecuária do Estado de Santa Catarina (Faesc), do Serviço Nacional de Aprendizagem Rural (Senar/SC) e dos Sindicatos dos Produtores Rurais de Massaranduba e Braço do Norte.
De acordo com a assessora técnica da CNA Lorena Pedrosa, o cultivo de tilápia em Massaranduba é realizado por produtores familiares. “A comercialização é feita para atravessadores e pesques pagues com preço médio de R$ 4,32 o quilo”. Segundo Lorena, a margem bruta da região está negativa em R$ 0,03/kg e existe alta taxa de mortalidade de 20%, que onera os custos de produção.
Para a produtora Ivanir Will, o encontro foi importante para os piscicultores identificarem os custos da atividade. “Esse levantamento nos mostra novos caminhos para trabalhar com margem positiva”.
O presidente do Sistema Faesc/Senar, José Zeferino Pedrozo, observa que a iniciativa alia a capacitação do produtor rural à geração de informação para a administração de custos, de riscos de preços e gerenciamento da produção.
BRAÇO DO NORTE
Em Braço do Norte, de acordo com a coordenadora de produção animal da CNA, Lilian Azevedo Figueiredo, identificou-se que os produtores têm tido prejuízo na produção de tilápia por dois fatores principais: a elevada taxa de mortalidade que chega a 15% e a qualidade da ração utilizada. Uma das sugestões dada aos produtores foi fazer uma recria de alevinos em um tanque menor para que tenham maior controle e diminuam a mortalidade eliminando o prejuízo. Outra opção foi em relação a ração utilizada. “Às vezes o barato sai caro. Com base em levantamentos identificamos que investir em uma ração de melhor qualidade, ainda que o custo seja mais elevado, compensa mais do que investir menos, mas ter um retorno inferior”, explicou.
De acordo com o presidente do Sindicato Rural de Braço do Norte Edemar Della Giustina o painel oportunizou aos produtores elaborar um raio x de suas propriedades, identificando onde estão os gargalos na produção de tilápia, quais as principais dificuldades e desafios e, também, a elaborar estratégias para melhorar a produção e a renda.
“Conseguimos desenhar um diagnóstico prévio da produção de tilápia na nossa região. O ano passado vivemos uma realidade diferente com custos de ração mais acessíveis e o preço da tilápia para comercialização mais elevada. Porém, este ano em decorrência de muitos fatores a situação está inversa. O painel auxiliou os produtores a pensar de maneira estratégica a como solucionar essas questões e avançar na produção sem perdas e com maior lucratividade”, observou o presidente. 

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