Postado em 07 de Outubro de 2019 às 17h18

Prefeitura de Chapecó inicia diagnóstico de competitividade do Parque da Efapi

Apresentar a avaliação do nível de competitividade do Parque de Exposições Tancredo de Almeida Neves (Parque da Efapi) foi o objetivo de encontro técnico promovido, na última semana, no auditório da Prefeitura de Chapecó. Na reunião foi apresentado o projeto de diagnóstico inicial, com a identificação dos critérios técnicos relevantes para o mercado de eventos, análise da visita técnica com relato do estado atual das estruturas existentes e a identificação de pontos fortes e fracos. Essa iniciativa integra o Programa Cidade Empreendedora, executado pela Administração Municipal e pelo Sebrae/SC. O estudo também conta com o apoio no fornecimento de informações através do Conselho Municipal do Turismo, das entidades empresariais de Chapecó, representantes do agronegócio e busca atender demandas de interesse que no decorrer dos tempos tem exigido do Parque Tancredo de Almeida Neves adequações.
 O gestor de projetos da empresa Valor & Foco, Guilherme Neubert, explicou que o diagnóstico do Parque da Efapi tem como objetivos identificar possibilidades para sustentabilidade econômica, atender as demandas do mercado e estruturar o modelo de negócios. “O projeto contempla várias etapas como a compreensão do mercado com levantamento de informações, os setores de eventos na região, mapeamento e contato com as entidades; a compreensão do local com detalhamento das características da região e do parque; o diagnóstico inicial com avaliação da estrutura e entrevistas com organizações; o diagnóstico de referências com seleção de benchmarks e visita às instalações; sugestão de melhorias a partir do comparativo do Parque da Efapi com outros parques”, relatou ao explicar os procedimentos realizados até o momento.
Conforme o diagnóstico inicial, Chapecó tem forte apelo para eventos de negócios (convenções, congressos e feiras) relacionados aos setores do agronegócio e da indústria, pois o PIB do agro é 110% maior que o do Brasil e o PIB da indústria é 18% maior do que o do Brasil, além disso a região é empreendedora tendo 90% mais empresas que a média brasileira. O estudo também apontou que a população tem mais poder econômico do que a média do País (PIB per capita 28% maior), e é mais desenvolvida (IDH 9% maior), o que demonstra atratividade para eventos socioculturais e esportivos. Outras características revelam que 45,2% dos eventos realizados têm aspecto sociocultural ou esportivo, 40% das feiras e 22% dos congressos são do setor agroindustrial.
O prefeito de Chapecó, Luciano Buligon, enfatizou que promover a sustentabilidade do Parque da Efapi é uma prioridade da administração municipal. “Sabemos que o Parque da Efapi é o único do Sul do Brasil nessa condição, ou seja, mantido pelo poder público. Há exemplos de parques como de Esteio e de Joinville que possuem uma administração com foco em resultados e é o que pretendemos. Como prefeito defendo a necessidade do local ter ocupação durante todo o ano”, argumentou.
O secretário de desenvolvimento econômico e turismo de Chapecó, Marcio Ernani Sander, relatou o histórico do parque de exposições, que teve a área de terra cedida em 1967 pelo pioneiro Serafim Bertaso para a realização da primeira edição da Efapi. “Ao longo dos anos o espaço foi utilizado pela comunidade, pelos setores produtivos e pelo poder público, sendo que somente em 2002 ocorreu a oficialização da doação da estrutura para o município de Chapecó, que administra desde então. Por isso, estuda-se como possibilidade futura a privatização do parque, para que possa ser mantido e reestruturado”, antecipou.
“Precisamos estratégias para tornar o parque mais competitivo, por isso foi solicitado o detalhamento dos custos da estrutura em comparação com outros concorrentes e benchmarks, a avaliação do impacto das isenções com um comparativo do retorno econômico que os eventos geram para a região, o parecer de parques existentes com problemas resolvidos e desafios atuais”, destacou Sander. Ele elencou que também foi requerido informar áreas dos pavilhões como eventuais áreas úteis, considerar as diferentes atividades desempenhadas no parque, avaliar se os concorrentes conseguem ser modulares e promover mais de um evento no local de maneira simultânea.
De acordo com o gerente regional Oeste do Sebrae/SC, Enio Albérto Parmeggiani, o diagnóstico inicial trouxe informações que viabilizam as comparações elementares e que servem de provocação à contribuição da sociedade.      Para o modelo de negócio e a forma de gestão, tem que se elevar a eficiência e a relação custo-benefício do equipamento. Buscar elevar o grau de competividade seja para fortalecer na nossa região ações de acesso ao mercado dos pequenos negócios e de nossas cadeias produtivas, bem como os multiusos que por definição de políticas públicas o parque já atende”. 
Participaram da reunião representantes de entidades empresariais do município, secretários municipais e integrantes da Secretaria de Desenvolvimento Econômico, do Conselho Municipal de Turismo, do Conselho Municipal de Ciência, Tecnologia e Inovação e do Conselho Municipal de Desenvolvimento Econômico. “Essas lideranças que integram o player da governança desse setor apresentaram suas contribuições tanto dos pontos críticos quanto das melhorias necessárias, acrescentou Parmeggiani.
Por fim encaminhou-se a evolução do diagnóstico inicial. Os apontamentos nortearão as próximas etapas desse estudo, que se pretende concluir até o fim deste ano.

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