Postado em 03 de Setembro de 2019 às 17h16

Diagnóstico precoce é essencial para cura da artrite séptica

A artrite séptica é uma doença que surge com mais frequência nos joelhos ou no quadril de idosos e bebês, especialmente, quando há outra infecção em determinado local do corpo. Isso ocorre em função do enfraquecimento do sistema imune que permite a passagem de microorganismos pelo sangue.
Também conhecida como artrite bacteriana, a patologia consiste na infecção de uma articulação por vírus ou bactérias que causa dor intensa ao movimentar o membro afetado ou inchaço da articulação. O problema tem cura e o tratamento é feito com antibióticos, drenagem da articulação com agulha ou, se necessário, cirurgia. “Porém, trata-se de uma emergência clínica e, por isso, a demora no diagnóstico e no tratamento pode resultar em destruição irreversível da articulação”, alerta o médico ortopedista e traumatologista Joaquim Reichmann.
Os principais sintomas estão relacionados à dor intensa ao movimentar o membro afetado, dificuldade de movimento, inchaço da articulação, vermelhidão e febre acima de 38º C. “Quando surgem sintomas desta natureza é fundamental consultar um ortopedista para fazer exames de diagnóstico como raio X, exame de sangue ou exame do líquido do joelho para identificar o problema e iniciar o tratamento adequado”, enfatiza o médico.
Os principais fatores de risco incluem a artrite rematóide ou osteoartrite, lúpus eritematoso sistêmico, diabetes mellitus, nefropatia, próteses articulares, abuso de drogas endovenosas, infecções cutâneas, uso de fármacos por via endovenosa, imunossupressão, alcoolismo, entre outros.
Segundo Reichmann, o tratamento normalmente é feito com internação do paciente em hospital, incluindo injeção de antibióticos diretamente na veia, como amoxicilina ou eritromicina até que os sintomas sejam controlados. Em seguida, é iniciada a ingestão de antibióticos em comprimidos por quatro a seis semanas em casa. Quando a dor e o inchaço da articulação são intensos, pode ser retirado o excesso de líquido da articulação com uma agulha esterilizada.
A cirurgia é indicada nos casos mais graves para retirar todo o líquido em excesso ou para substituir a articulação. Por fim, podem ser solicitadas sessões de fisioterapia para recuperação dos movimentos do membro afetado. 

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