Postado em 03 de Outubro de 2019 às 17h09

Câmara Regional de Educação desenvolve programa de formação para professores da EJA

A escolaridade básica completa dos trabalhadores formais em Santa Catarina está crescendo. Eram 67,3% em 2015, 69,7% em 2016 e 71,1% em 2017. No Oeste, o crescimento foi de 64,5%, 66,3% e 67,6 em 2015, 2016 e 2017, respectivamente. Os dados foram apresentados na reunião da Câmara Regional Oeste do Movimento Santa Catarina pela Educação, na última semana, em Chapecó. Além da apresentação de dados educacionais da região e do compartilhamento de informações sobre o ensino médio, foram expostas as diretrizes da responsabilidade social da Federação das Indústrias do Estado de Santa Catarina (FIESC).
Um dos problemas discutidos pelos integrantes do Movimento é a evasão na Educação de Jovens e Adultos (EJA), causada, principalmente, pelo uso de metodologias de ensino que não são voltadas a esse público. Para mudar esse quadro, será desenvolvido na região Oeste um programa de formação inicial e continuada para professores da EJA, tornando-os multiplicadores em metodologias ativas de aprendizagem e tecnologia educacionais.
Dados do Dossiê Situação Educacional dos Municípios Catarinenses em 2017 revelam informações sobre a escolaridade dos trabalhadores formais de Chapecó. Do total de matriculados, havia 1.085 analfabetos, 1.426 cursaram até o 5º ano incompleto, 1.326 possuíam a 5º ano completo, 4.573 tinham cursado do 6º ao 9º ano, 8.499 possuíam o ensino fundamental completo, 6.179 tinham o ensino médio incompleto, 36.770 possuíam o ensino médio completo, 4.804 tinham o ensino superior incompleto, 12.448 o ensino superior completo, 838 concluíram o mestrado e 620 o doutorado. Nesse cenário de 78.568 trabalhadores, 23.088 tinham a educação básica incompleta (29%) e 55.480 com a educação básica completa (71%).
O Movimento SC pela Educação tem como principais desafios proporcionar a todos os trabalhadores catarinenses a escolaridade básica completa e a formação profissional e tecnológica compatível com a função, com foco na educação para o mundo do trabalho e na articulação e influência social na educação do Estado. O vice-presidente regional Oeste da FIESC, Waldemar Schmitz, lembrou que o propósito é a educação para o mundo do trabalho. “Ao elevar a escolaridade do trabalhador, aumentamos também a geração de riqueza, a remuneração e o movimento econômico. O avanço tecnológico e as constantes mudanças no perfil da indústria e de todas as atividades econômicas exigem um trabalhador cada vez mais qualificado”, frisou.
PROJETOS
Durante a reunião, o coordenador de responsabilidade social da FIESC, Sandro Volpato Faria, apresentou os principais projetos realizados pela coordenadoria. Além do Movimento SC Pela Educação, abordou o Novos Caminhos, Portal da Inclusão, Fundo Social e Programa SESI SENAI Ações Inclusivas.
O Movimento SC pela Educação possui Câmara Regionais nas 16 Vice-Presidências e 16 projetos, sendo oito focados na escolaridade, seis na escolaridade e qualificação profissional e dois na qualificação profissional. A cada ano, o Movimento tem uma temática diferente. Iniciou, em 2012 e 2013 com mobilização da indústria, em 2014 a temática foi a família, em 2015 os jovens, em 2016 a gestão escolar, em 2017 os professores e em 2018 a educação integral. Neste ano, o foco é a escolaridade e qualificação profissional do trabalhador. A estratégia é atuar por meio de projetos específicos para cada região do Estado.
O programa Novos Caminhos tem como objetivo transformar a realidade de adolescentes que estão em serviços de acolhimento, para uma vida digna e autônoma. O programa atende 504 adolescentes, 183 estão no mercado de trabalho, 420 fizeram matrículas no SESI e SENAI e 103 empresas estão envolvidas em todo o Estado. 
Impulsionar o uso dos incentivos fiscais junto às empresas em prol do desenvolvimento social é o objetivo do Fundo Social. Em Chapecó, existem mais de 70 indústrias de lucro real que podem fazer uso de incentivo fiscal com potencial de aporte de cerca de R$ 20 milhões. Em Santa Catarina são mais de 2 mil empresas que, juntas, somam um potencial de aproximadamente R$ 200 milhões que poderiam ficar no Estado. Atualmente, existem 89 projetos cadastrados na plataforma do Fundo Social.
Os projetos de inclusão visam conectar indústrias e pessoas com deficiência para criar oportunidades e desenvolvimento, melhorando a vida das pessoas. No Portal da Inclusão existem 1.500 cadastros de pessoas com deficiência. O programa SESI SENAI Ações Inclusivas possui 465 alunos com necessidades educacionais especiais matriculados. As atividades são articuladas para potencializar o impacto social de projetos voltados à inclusão.
MOVIMENTO SC PELA EDUCAÇÃO
O Movimento Santa Catarina pela Educação é uma iniciativa desenvolvida pela FIESC desde 2012, com participação do Sesi e do Senai. Obteve a adesão das federações patronais e dos serviços de aprendizagem e social do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (Fecomércio, Senac e Sesc), Agricultura (Faesc e Senar) e Transportes (Fetrancesc, Sest e Senat), além das entidades representativas dos trabalhadores das indústrias e de instituições públicas, como a Secretaria de Estado da Educação e a União dos Dirigentes Municipais de Educação (Undime-SC). 

Veja também

COFEM pede agilidade na concessão da Aduana de Dionísio Cerqueira30/10/20 O Conselho das Federações Empresariais de SC enviou ofício à delegada interina da Receita Federal em Dionísio, Simone Felício, destacando que limitações estruturais na Aduana resultam em filas de......

Voltar para (Blog)