Postado em 12 de Junho de 2019 às 17h21

Lideranças debatem ações para integração transfronteiriça

Fórum de Competitividade e Desenvolvimento para a Região Oeste de SC e Secretaria de Estado da Agricultura e da Pesca se reuniram com empresários e lideranças para discutir caminhos para internacionalização entre Brasil, Argentina e Paraguai

Viabilizar a passagem de cargas com mais agilidade e aumentar o fluxo de veículos na aduana de Dionísio Cerqueira é um dos objetivos de lideranças que se reuniram nesta semana, na Associação Comercial e Industrial de Chapecó (ACIC), para discutir o tema. Participaram o presidente do Fórum de Competitividade e Desenvolvimento, Vincenzo Mastrogiacomo, o secretário de Estado da Agricultura e da Pesca, Ricardo de Gouvêa, empresários e representantes de parlamentares.
            A intenção é dar andamento aos trabalhos para a efetivação de uma conexão transfronteiriça entre Santa Catarina, Argentina e Paraguai. Entre os produtos que integram o plano de internacionalização está o milho, matéria-prima essencial para a agroindústria do Grande Oeste Catarinense. De acordo com Gouvêa, é necessário vencer alguns desafios políticos e burocráticos para agilizar o fluxo na aduana de Dionísio Cerqueira. Para buscar alternativas, serão agendadas reuniões com o Fórum Parlamentar Catarinense e a Secretaria de Defesa Agropecuária do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA). “Mostraremos as necessidades da região e as vantagens em fortalecer a internacionalização entre os países”, frisou Mastrogiacomo.
            O coordenador adjunto do Núcleo Estadual da Faixa da Fronteira (NFSC), Flávio Berté, explicou que a aduana de Dionísio Cerqueira é fiscalizada pela Receita Federal, em atuação conjunta com o MAPA e com o Servicio Nacional de Sanidad y Calidad Agroalimentaria (Senasa) da Argentina. “Os fiscais acabam fazendo o seu trabalho e também a parte burocrática da aduana. Uma solução para dar mais agilidade, com estudos que comprovam a viabilidade, é a privatização da aduana”, comentou.
            Os empresários do setor apresentaram as dificuldades e as necessidades para a operacionalização desses trâmites. O secretário Ricardo de Gouvêa fará encaminhamentos junto aos órgãos estaduais e federais para solucionar o que for necessário. O Fórum fará acompanhamento de todas as ações.
Todos os anos a agroindústria catarinense precisa importar entre 3 milhões e 3,5 milhões de toneladas de grãos porque a produção interna catarinense é insuficiente. O Estado é o oitavo produtor e o segundo maior consumidor. O milho disponível está em média a 2 mil quilômetros de distância, no centro-oeste brasileiro. Santa Catarina já importa milho do Paraguai, porém em uma rota mais longa, passando por Foz do Iguaçu, no Paraná. 
A integração fronteiriça oportunizará a liberação de transporte por meio de balsas sobre o Rio Paraná, na localidade de Mayor Julio Otaño (Paraguai), Eldorado (Argentina), com entrada em Santa Catarina via Porto Seco de Bernardo de Irigoyen em Misiones (Argentina) e Dionísio Cerqueira (Santa Catarina). A liberação da passagem entre San Pedro (Misiones/AR) e Paraíso (Santa Catarina) também é uma possibilidade estratégica para  atender as demandas.

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